Happy Thanksgiving – parte 2

Chegamos na casa da consulesa. Por acaso eu havia comentado que a minha casa era gigante??? Se eu comentei, desconsiderem!
Imagine aquelas casas de filmes americanos. A maior que você já viu. Imaginou? Essa deve ser maior! Aquilo é gigante! A casa deve ter uns 300 ou 400 m² de construção só no pavimento térreo! Para não exagera, na frente da casa, dentro do portão deve caber entre uns 8 ou 10 carros.
As mesas para os convidados estavam montadas no quintal, com uma toalha branca de tecido por cima de cada uma e os talheres enrolados em guardanapos de tecido. Havia mais de 10 mesas, com certeza. E não eram mesas pequenas. Na nossa mesa estavam 6 ou 7 pessoas. Mas eu falei quintal? Cara! Aquilo é um clube completo: além do espaço onde estávamos, tem piscina – ta aqui em casa também tem – mas tem quadra de tênis, uma outra quadra mais pra baixo, meu, o povo tava jogando american football na grama em um outro espaço. Ah, não consigo descrever a casa! Sem dúvida essa foi a maior casa que eu já vi na vida!

Quando chegamos eu estava bem insegura, imagine a cena: a mãe, a babá e a criança entrando na casa de uma consulesa americana e a babá não sabe falar inglês direito! Abri meu melhor sorriso e a Claudia ia me apresentando ao pessoal e eu só no “Hi”, “Fine, thanks. And you?”. Até que a Claudia se aproximou de uma mesa e as pessoas me cumprimentaram em português! Achei super simpático da parte deles e me senti mais a vontade! São um casal e moram aqui pertinho de casa: a mulher é diplomata e eles ficaram 2 anos no Brasil. Ela e o marido falam português super certinho, embora o dele pareça o português de Portugal.
Tudo bem que alguns momentos, quando o Leo me pedia para fazer alguma coisa ou brincar em algum lugar, as pessoas vinham falar comigo. Daí eu me virava nos 30. Em todo caso eu acho que eles percebiam que eu estava meio envergonhada e não falavam por muito tempo.

E a consulesa! Ela é super novinha! Acho que eu sempre imaginei que o cônsul tem que ser um vovozinho como aquele de Portugal que eu conheci em Campinas uma vez. Sem falar que ela é um doce de pessoa! Super simpática, amável e no final da festa, agradeceu diretamente para mim por eu ter ido! Me senti super importante! Daí eu respondi agradecendo a ela pelo convite. Não sei se falei certo, mas ela entendeu porque me abriu um sorriso maior ainda...

Ah, e a festa? Bom, tirando o fato que fomos “almoçar” depois das 15h e havia alguns pratos que eu não conhecia parece muito com a nossa ceia de Natal. E a Claudia me trata como se eu fosse uma amiga dela do Brasil, até vinho ela pega duas taças: uma para ela e uma para mim. Eu me sentei junto com ela e os amigos dela na mesa, conversamos – na medida do meu entendimento – como se eu fosse mais uma diplomata e não uma nanny. E na hora de pegar a comida ela foi ao meu lado dizendo: isso é tal coisa. Isso é como se fosse tal coisa no Brasil e isso não tem no Brasil, mas tem que pegar porque é tradição comer no Thanksgiving. Outra tradição é encher o prato com tudo o que tem pra comer e repetir. Confesso que não consegui repetir. Entre outras coisas tinham 2 perus assados, uma delícia.

Outra tradição que a Claudia me contou é assistir a um jogo de american football no dia de Thanksgiving e, é claro, que era isso que estava passando na TV. No final do “almoço” sentamos no sofá em frente a TV e ela começou a me explicar as regras. Confesso que achei meio confuso, mas deu para entender um pouco.

Uma diferença com relação ao nosso Natal é que as pessoas até falam “Happy Thanksgiving” umas pras outras, mas não é como no Brasil onde todo mundo se abraça, se beija e talz. Acho que só os mais próximos que se cumprimentam, porque a Claudia não passou desejando “Happy Thanksgiving!” pra todo mundo. Aliás, ninguém passou.

Saímos de lá em torno das 18hs. Confesso que eu queria minha cama e dormir! Comi muito! Mas não podia. Então fiquei com o Leo. Mas ele também estava exausto! Ele assistiu um pouco de TV, jantou as 19:30h, banho e cama! Dormiu antes das 21h!
Agora é minha vez! To pregada! Ah, não tem fotos! Eu esqueci o celular em casa! Mas até que foi bom, ninguém estava tirando fotos lá!

I wish you all an absolutely wonderful Thanksgiving!!!

#VaiCarol

Comentários

  1. Ah, ISSO SIM é comemorar TG!! Não aquela "farofada" que a Marcelle fez no apto do Bruno lá em SBC... Aquilo tava mais pra churrasco na laje!

    E não posso deixar de comentar a descrição que voce fez dessa casa... Devia ter tirado foto! Nem que ficasse parecendo turista japones que tira foto de tudo, mas juro que uma descrição dessas sem foto parece história de pescador! haha... Tá, menos, eu sei que voce é fiel nas suas descrições mas eu queria ver mesmo assim...

    Faltou falar o que de mais "esquisito" voce viu em termos de comida, né?

    E sabe uma outra coisa que eu to percebendo? A diferença entre os "seus" gringos e os "meus"... Porque os seus são tão humildes, bonzinhos, te tratam bem, e os meus acham que tem o rei na barriga?! O.o

    Bjs!!

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  2. :D
    Turista japonês??? Adorei!!! KKKK

    Bom, mas eu acho que sei porque dessa diferença toda. Eu acho que é porque os "meus" gringos já viram muita coisa nesse mundão, além de estarem longe de casa, dos amigos e de tudo o que é importante para eles, assim como eu. Então, talvez seja por isso, que eles são mais "humanos". O que sei é que a Claudia é assistente social e isso, apenas isso, já faz dela uma pessoa mais humana, chega a ser parte da personalidade dela.

    Já com relação aos "seus" gringos, eu acho que eles vem o pessoal do Brasil, Índia e sabe-se-lá quais outros lugares com um pouco de preconceito, assim como nós olhamos para pessoas mais simples ou mendigos aí mesmo no Brasil e às vezes não valorizamos seu trabalho, sua vida, sua história. E às vezes chegamos até a comentar: "nossa, como essa pessoa se submete a esse tipo de trabalho?" Isso acontece porque, assim como esse pessoal que você conhece, estamos na nossa zona de conforto e não pensamos o que levou aquela pessoa a aceitar aquela situação que para nós seria ultrajante. E também não olhamos pelo outro lado do prisma e nunca chegamos a fazer essa pergunta para a pessoa. Talvez ela goste do que faz e isso a faz feliz. É o que eu falei: nós não nos damos ao trabalho conhecer a história da pessoa e por isso consideramos que o valor dela é menor que o nosso.

    Enfim, não sei se fui clara com relação ao meu ponto de vista, se não fui me avise!

    Beijos!

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  3. Ah! E não tinha nada que eu classificaria de "comida esquisita". Confesso que peguei quase tudo e só não gostei de uma espécie de farofa, feita com pão que tem uma espécie de carne seca no meio. Não gostei porque estava muito apimentada! HEHE
    Do resto, eram coisas que temos no Brasil, como o perú, salada com cenoura, beterraba, alface, pepino, purê de batatas, macarronada. O que eu não conhecia eram as coisas que realmente são tradição no Thanksgiving, mas preciso perguntar os nomes novamente para a Claudia.

    Ah, tem uma coisa que todo mundo vai achar estranho, mas que eu adorei e também é tradição, a sobremesa: torta de abóbora. É uma delícia!

    Bjos!

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