E que a aventura comece
Oi pessoal! Eu sei que esse post não foi postado quando deveria, mas fiquei uns dias sem net por aqui... Mesmo assim estou escrevendo em 03/11 – o primeiro dia que consegui ligar meu note, não na data do post.
Vamos lá: saí de casa na segunda-feira, 31/10, por volta das 11:15h. Meu irmão e minha mãe me levaram até o Largo do Pará em Campinas e eu peguei o busão para o aeroporto de Cumbica (Guarulhos) por volta das 12:30h. Confesso que eu estava bem cansada e por isso dormi quase o trajeto todo (foi minha sorte!).
Cheguei no aeroporto por volta das 14h e o check-in da minha cia aérea começaria somente as 15h. Portanto como minha irmã iria me encontrar no aeroporto eu decidi ligar para ela e voltar para a fila. Nos encontramos em seguida, fiz o check-in e já fui informada que o voo estava atrasado, a previsão de decolagem era em torno das 20:30h – e meu voo estava marcado para as 18:30h! Pois bem ficamos no aeroporto a Pati, o Biel e eu. Nos divertimos um pouco e por volta das 18:30h eu entrei no embarque. E foi nessa hora que eu pensei que deveria ter mais dinheiro para poder comprar tudo o que eu vi! Eu sempre pense que o free-shop fosse uma lojinha tipo as lojinhas que a gente entra quando sai de algum brinquedo legal no Hopi Hari ou no Playcenter... Mas cara, aquilo é imenso: são várias lojas, muitas coisas para ver e eu lá: sem nem um centavo direito pra comprar alguma coisa! KK
Agora voltando à aventura: no check-in me informaram que eu partiria do portão 27. Fui até o portão 27, me sentei e fiquei tentando conectar a internet, pois em todo o aeroporto há placas informando que o wi-fi está disponível. Daí percebi que não havia uma rede disponível sem senha mas notei algumas pessoas utilizando seus computadores e celulares. E lá fui eu perguntar como eu faria para acessar Tb. Descobri que o acesso é pago, mas o rapaz que estava lá, André, tinha um aparelhinho e forneceu internet para mim e para a outra moça que estava usando o note como eu. Ficamos conversando e lá pelas 20h falamos sobre os voos, eles me informaram que às vezes os embarques mudam de portão e que temos que ficar atentos para não perder o voo. Então o André e eu fomos ver a previsão de saída dos nossos voos (ele foi para Angola) e o meu portão de embarque havia mudado para o número 14B (minha sorte é que o dele era ao lado do meu!). Fomos até o portão de embarque, o voo dele já estava embarcando e o meu não. Enquanto eu esperava encontrei outro anjo: uma senhora chamada Suzana que pegaria o mesmo avião que eu. Ficamos conversando e o tempo passou rapidinho. Ela me contou algumas curiosidades sobre o voo e me falou que geralmente é tranqüilo (ela tem 1 filho morando aqui em South Africa e vem para cá com freqüência). Bom, embarcamos as 21:30h e nos perdemos no avião (ele é enorme).
Sentei no meu lugar e aí apareceu o meu terceiro anjo na viagem: o rapaz que veio sentado ao meu lado. O nome dele é Leonardo e ele trabalha na Odebrecht. Se não me engano ele está trabalhando na Naníbia, então ele também pegaria uma conexão que ele iria perder. Ele me ajudou em tudo! Desde “traduzir” o que o piloto estava falando – os comissários eu consegui entender, mas o piloto falava de soquinhos, parecia que ele estava lendo e o inglês dele conseguia ser pior que o meu!
Decolamos era mais de 22h no horário de Brasília, praticamente 4 horas de atraso no meu voo e a minha conexão em Johannesburg que seria de 4 horas estava perdida. E isso, naquele momento era minha maior preocupação: afinal se eu não encontrasse com a host no voo para Cape Town como eu chegaria na casa dela se eu só tinha um telefone dela que nem sabia se era daqui ou dos States? Mas essa preocupação ficou para trás. Tivemos turbulência praticamente o voo inteiro e em alguns momentos dava a impressão que o avião perdia sustentação, confesso que nessas horas me arrependi dessa aventura louca que eu estava me metendo! Sem falar que logo após o jantar que foi servido no avião (uma delícia, por sinal) a comissária de bordo me pediu para fechar a janela. Eu não entendi nada. Perguntei porque ao Leonardo e ele falou que não sabia porque também. Daí eu fiquei nervosa... Fiquei lembrando de um programa que eu assistia no NatGeo chamado Desastres Aéreos e ficava abrindo a janela de vez em quando. O bom é que logo depois, como eu estava muito cansada, consegui dormir um pouco. Acordei com uma bagunça na cabine: um homem, cerca de 3 fileiras na minha frente havia passado mal, as comissárias estavam até com um cilindro de ar para oxigenar ele e gritavam em inglês se havia um médico a bordo. Sinceramente eu acho que o médico não falava inglês, pois depois que alguém fez o mesmo anuncio em português apareceu um homem ao lado do “doente”. Não sei o que aconteceu, mas o homem não voltou mais para o lugar dele no avião. Depois disso fui assistir um filme e não dormi mais.
Chegamos em Johannerburg por volta das 12hs do dia 01/11 – horário local ( no Brasil era mais ou menos 8hs). Daí eu encontrei meu último anjo da viagem: um funcionário do aeroporto que me levou até o check-in e não me deixou perder o avião (ele sairias as 12:30h), pois eu estava desesperada para comprar um cartão para ligar para minha mãe – eu sabia que ela estava preocupada. Mas não deu tempo. Esse voo não atraso (graças a Deus!). DORMI! Na hora que eu entrei no avião eu apaguei! Não vi nem decolar! Eu estava exausta... E havia um pessoal da delegação de judô sub20 junto comigo desde o Brasil, dois meninos sentaram do meu lado. Dormimos todos! Acordei na hora que eles serviram um lanchinho e dormi novamente até o pouso.
Legal! Eu estava em Cape Town. Eu podia ver a Table Mountain, mas e agora? Como avisar minha mãe que eu estava aqui? Como encontrar minha host nessa cidade sem nem saber qual direção tomar??? Não tive dúvidas: saquei meu melhor inglês e parti com a cara, a coragem e meu caderninho onde o telefone da host estava anotado perguntando onde eu conseguiria comprar um cartão telefônico para ligar praquele número. Consegui coisa melhor: comprei um chip pro meu celular! Daí já liguei pra host e sai mandando torpedos pra todo mundo: mandei pra minha mãe, pro Neto, pro Fábio, pra Pati. E a melhor parte é que eles receberam! A host me orientou a ir para uma cia de taxis que ela já havia deixado pago para eles me trazerem para casa. UFA! Sem problemas!
Cheguei na minha nova casa as 17h no horário daqui. No Brasil era 13hs do dia 01/11. Minha aventura durou mais de 24 horas! A host foi super simpática, me mostrou meu quarto, ofereceu para eu tomar um banho e comer e ofereceu, também o telefone para eu ligar para a minha mãe. Liguei para ela, ela agradeceu a mensagem que eu havia mandado porque ela estava mesmo preocupada! O Léo, embora estivesse exausto – eles vieram de San Francisco, CA em um voo de 15 horas - já queria brincar comigo. Mas ela pegou ele, e o colocou para dormir. Eu arrumei algumas coisas, tomei banho, comi e também fui dormir cedo, afinal eu estava exausta!
E é isso! Esse foi só o começo dessa louca aventura que eu me meti!
#VaiCarol
Vamos lá: saí de casa na segunda-feira, 31/10, por volta das 11:15h. Meu irmão e minha mãe me levaram até o Largo do Pará em Campinas e eu peguei o busão para o aeroporto de Cumbica (Guarulhos) por volta das 12:30h. Confesso que eu estava bem cansada e por isso dormi quase o trajeto todo (foi minha sorte!).
Cheguei no aeroporto por volta das 14h e o check-in da minha cia aérea começaria somente as 15h. Portanto como minha irmã iria me encontrar no aeroporto eu decidi ligar para ela e voltar para a fila. Nos encontramos em seguida, fiz o check-in e já fui informada que o voo estava atrasado, a previsão de decolagem era em torno das 20:30h – e meu voo estava marcado para as 18:30h! Pois bem ficamos no aeroporto a Pati, o Biel e eu. Nos divertimos um pouco e por volta das 18:30h eu entrei no embarque. E foi nessa hora que eu pensei que deveria ter mais dinheiro para poder comprar tudo o que eu vi! Eu sempre pense que o free-shop fosse uma lojinha tipo as lojinhas que a gente entra quando sai de algum brinquedo legal no Hopi Hari ou no Playcenter... Mas cara, aquilo é imenso: são várias lojas, muitas coisas para ver e eu lá: sem nem um centavo direito pra comprar alguma coisa! KK
Agora voltando à aventura: no check-in me informaram que eu partiria do portão 27. Fui até o portão 27, me sentei e fiquei tentando conectar a internet, pois em todo o aeroporto há placas informando que o wi-fi está disponível. Daí percebi que não havia uma rede disponível sem senha mas notei algumas pessoas utilizando seus computadores e celulares. E lá fui eu perguntar como eu faria para acessar Tb. Descobri que o acesso é pago, mas o rapaz que estava lá, André, tinha um aparelhinho e forneceu internet para mim e para a outra moça que estava usando o note como eu. Ficamos conversando e lá pelas 20h falamos sobre os voos, eles me informaram que às vezes os embarques mudam de portão e que temos que ficar atentos para não perder o voo. Então o André e eu fomos ver a previsão de saída dos nossos voos (ele foi para Angola) e o meu portão de embarque havia mudado para o número 14B (minha sorte é que o dele era ao lado do meu!). Fomos até o portão de embarque, o voo dele já estava embarcando e o meu não. Enquanto eu esperava encontrei outro anjo: uma senhora chamada Suzana que pegaria o mesmo avião que eu. Ficamos conversando e o tempo passou rapidinho. Ela me contou algumas curiosidades sobre o voo e me falou que geralmente é tranqüilo (ela tem 1 filho morando aqui em South Africa e vem para cá com freqüência). Bom, embarcamos as 21:30h e nos perdemos no avião (ele é enorme).
Sentei no meu lugar e aí apareceu o meu terceiro anjo na viagem: o rapaz que veio sentado ao meu lado. O nome dele é Leonardo e ele trabalha na Odebrecht. Se não me engano ele está trabalhando na Naníbia, então ele também pegaria uma conexão que ele iria perder. Ele me ajudou em tudo! Desde “traduzir” o que o piloto estava falando – os comissários eu consegui entender, mas o piloto falava de soquinhos, parecia que ele estava lendo e o inglês dele conseguia ser pior que o meu!
Decolamos era mais de 22h no horário de Brasília, praticamente 4 horas de atraso no meu voo e a minha conexão em Johannesburg que seria de 4 horas estava perdida. E isso, naquele momento era minha maior preocupação: afinal se eu não encontrasse com a host no voo para Cape Town como eu chegaria na casa dela se eu só tinha um telefone dela que nem sabia se era daqui ou dos States? Mas essa preocupação ficou para trás. Tivemos turbulência praticamente o voo inteiro e em alguns momentos dava a impressão que o avião perdia sustentação, confesso que nessas horas me arrependi dessa aventura louca que eu estava me metendo! Sem falar que logo após o jantar que foi servido no avião (uma delícia, por sinal) a comissária de bordo me pediu para fechar a janela. Eu não entendi nada. Perguntei porque ao Leonardo e ele falou que não sabia porque também. Daí eu fiquei nervosa... Fiquei lembrando de um programa que eu assistia no NatGeo chamado Desastres Aéreos e ficava abrindo a janela de vez em quando. O bom é que logo depois, como eu estava muito cansada, consegui dormir um pouco. Acordei com uma bagunça na cabine: um homem, cerca de 3 fileiras na minha frente havia passado mal, as comissárias estavam até com um cilindro de ar para oxigenar ele e gritavam em inglês se havia um médico a bordo. Sinceramente eu acho que o médico não falava inglês, pois depois que alguém fez o mesmo anuncio em português apareceu um homem ao lado do “doente”. Não sei o que aconteceu, mas o homem não voltou mais para o lugar dele no avião. Depois disso fui assistir um filme e não dormi mais.
Chegamos em Johannerburg por volta das 12hs do dia 01/11 – horário local ( no Brasil era mais ou menos 8hs). Daí eu encontrei meu último anjo da viagem: um funcionário do aeroporto que me levou até o check-in e não me deixou perder o avião (ele sairias as 12:30h), pois eu estava desesperada para comprar um cartão para ligar para minha mãe – eu sabia que ela estava preocupada. Mas não deu tempo. Esse voo não atraso (graças a Deus!). DORMI! Na hora que eu entrei no avião eu apaguei! Não vi nem decolar! Eu estava exausta... E havia um pessoal da delegação de judô sub20 junto comigo desde o Brasil, dois meninos sentaram do meu lado. Dormimos todos! Acordei na hora que eles serviram um lanchinho e dormi novamente até o pouso.
Legal! Eu estava em Cape Town. Eu podia ver a Table Mountain, mas e agora? Como avisar minha mãe que eu estava aqui? Como encontrar minha host nessa cidade sem nem saber qual direção tomar??? Não tive dúvidas: saquei meu melhor inglês e parti com a cara, a coragem e meu caderninho onde o telefone da host estava anotado perguntando onde eu conseguiria comprar um cartão telefônico para ligar praquele número. Consegui coisa melhor: comprei um chip pro meu celular! Daí já liguei pra host e sai mandando torpedos pra todo mundo: mandei pra minha mãe, pro Neto, pro Fábio, pra Pati. E a melhor parte é que eles receberam! A host me orientou a ir para uma cia de taxis que ela já havia deixado pago para eles me trazerem para casa. UFA! Sem problemas!
Cheguei na minha nova casa as 17h no horário daqui. No Brasil era 13hs do dia 01/11. Minha aventura durou mais de 24 horas! A host foi super simpática, me mostrou meu quarto, ofereceu para eu tomar um banho e comer e ofereceu, também o telefone para eu ligar para a minha mãe. Liguei para ela, ela agradeceu a mensagem que eu havia mandado porque ela estava mesmo preocupada! O Léo, embora estivesse exausto – eles vieram de San Francisco, CA em um voo de 15 horas - já queria brincar comigo. Mas ela pegou ele, e o colocou para dormir. Eu arrumei algumas coisas, tomei banho, comi e também fui dormir cedo, afinal eu estava exausta!
E é isso! Esse foi só o começo dessa louca aventura que eu me meti!
#VaiCarol
Amiga e ai como tá tudo por aí... Eu ri tanto lendo seu post hehehe.. e o cara do avião enfim tá vivo ainda??? Esse blog ta com o nome errado tinha que ser perólas da Carol ...
ResponderExcluirBjus linda que Deus a abençoe muito sempre!!!
Nossa, Carol! Que aventura! Boa sorte! Beeeeejos e saudades!
ResponderExcluirMayumi
Oi Su! Acho que o cara está vivo sim. Confesso que quando chegamos eu só queria sair de lá para esticar minhas pernas e tentar descobrir como eu chegaria em Cape Town tendo perdido a minha conexão... Quanto ao nome, gostei da sugestão.. Quem sabe eu não crio outro????
ResponderExcluirAmém, Deus te abençoe tb e muitos beijos!
Ah, continue por aqui que sempre terá novidades!!!
Oi Mayumi,
ResponderExcluirQue bom saber que vc está lendo meu blog! Saudades!!!
Apareça sempre por aqui!
Beijos!!!
Eu tbm rachei de rir com esse post! Que aventura!!
ResponderExcluirÉ... depois que passa é engraçado... Mas na hora não foi não! HEHE
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