Happy Thanksgiving – parte 1

Hoje meu dia começou bem cedo: antes da 1h da manhã o Leo acordou aos berros. A Claudia não escutou ele chorando, então eu levantei... Peguei e o coloquei pra dormir novamente. Voltei para minha cama. Às 4:40h da manhã acordo com leves batidas na porta. Adivinha quem? O Leo! Aliás, o Leo e a Ruby! Entra Leo, vem dormir com a Carol... E lá vieram os dois se empoleirar na minha cama...
Eu havia comentado com a Claudia que a próxima vez que isso acontecesse eu iria para a cama de hospedes com ele porque é uma cama de casal – e a minha cama é de solteiro – mas como faltava menos de 1:30h para eu levantar, nem me dei ao trabalho. Dormimos. Os dois mais do que eu.
Levantei as 6h, fiz tudo o que eu precisava e as 6:50h acordei o Leo. Hoje ele acordou de bom humor. Tomou café, fomos pra escola e ele ficou por lá super bem!
Peguei o taxi. Acho que estou me acostumando! Esse era bonitinho, tinha até propaganda de alguma coisa – não prestei muita atenção – pintada na lataria externa. O motorista não era camicase. Chegamos em Retreat e o meu ônibus estava lá me esperando. Entrei.
O trajeto de ida não demorou muito, mas deu tempo suficiente para eu terminar meu homework. Cheguei na escola, fui pra sala e fiquei conversando com a professora, ela parece ser gente boa. É casada com um mexicano e tem uma menininha de 3 anos.
A aula começou e daí começou a tortura. Agora estou percebendo melhor as coisas: a professora passa teoria de segunda, quarta e sexta junto com alguns exercícios. E exercícios de reforço às terças e quintas, mas sem explicar a matéria. Por isso a escola oferece aulas 5 ou 3 dias na semana. Mas como eu havia insistido por 2 dias, me ofereceram a terça e a quinta para não deixar de ganhar. Enfim, a professora faz o melhor que pode e vai me explicando o que eu pergunto. Além do mais tem dois caras do Congo que ficam falando em Frances o tempo todo e atrapalham muito a aula. Juntando com eles, tem um de Angola – esse fala português – mas quando quer sabe aporrinhar qualquer um em inglês!
Hoje chegou num ponto que eu virei pra um dos carinhas do Congo – ele estava sentado ao meu lado – e fiz psi para ver se ele ficava quieto! E funcionou! O que me irrita mais do que o barulho é que eles ficam fazendo isso para atrapalhar, ficam trocando mensagens pelo cel, ficam fazendo algum tipo de piadinha, é um saco!

Saí da aula correndo, literalmente! Afinal hoje é Thanksgiving e haveria uma festa na casa da consulesa americana. Teríamos que chegar lá até as 15h e semana passada cheguei essa hora em casa!
Enquanto eu corria para o ponto, meu ônibus passou. O próximo, provavelmente, só em ½ hora. Daí pensei bem e havia alguma coisa me mandando ir de trem. Não tive dúvidas – mentira, tive sim! – mas mesmo assim fui até a estação e comprei um bilhete do trem.



Comprei um bilhete para a primeira classe e desci para a plataforma para esperar o trem. As composições geralmente são bem pequenas e há vagões para a 1ª. classe nos dois extremos do veículo. Então me dirigi para onde o começo do trem para, para pegar uma das primeiras composições. Mas como o Murph não é meu amigo o trem que veio para mim era gigantesco em comparação aos demais e não havia nenhum vagão da primeira classe logo atrás da locomotiva, estavam todos no final da composição.
Sai correndo, tentando chegar ao final e pegar ao menos o primeiro vagão “plus” – da primeira classe – mas eu vi que não daria tempo e decidi entrar em qualquer vagão mesmo. E quando entrei no vagão – da segunda classe – novamente tive aquela sensação de ter duas cabeças, todas as pessoas voltaram seus olhares para mim. Mais uma vez eu era a única pessoa branca lá dentro.
Bom, depois de um tempo eu acho que eles se acostumaram e pararam de me olhar como se eu fosse um ET, aliás, pararam de me olhar completamente.
Cheguei em Retreat sem maiores problemas, consegui prestar atenção às estações e desci na nona parada; Fui para o ponto dos taxis e peguei um para casa.
Quando cheguei em casa o Leo estava chorando copiosamente no colo da Alice. A Claudia estava na cozinha fazendo o prato – uma macarronada deliciosa – que levaríamos pro almoço de Thanksgiving. Não tive dúvidas! Tirei ele do colo da Alice e comecei a conversar com ele, fui acalmando ele, acalmando, acalmando até que ele parou de chorar. Liguei a TV no Sponge Bob e comecei a perguntar o que ele havia comido – afinal eram 14h. Descobri que depois da aula ele havia comido meia banana e um pedaço de queijo. Tá aí o motivo da choradeira! Fiz uma macarronada pra ele, ele comeu tudo! Depois dei sorvete e pronto! Acabou-se o mau humor!
Nessa altura já era quase 15h, eu pedi 10 minutos para me arrumar. A Claudia havia me dito que seria uma festa informal e ela mesma foi de calça jeans. Então também fui. Troquei de blusa, coloquei sapatos, escovei o cabelo e tive que estar pronta!

#VaiCarol

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