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Enquanto eu andar distraído...

Como eu postei aqui segunda-feira fui passear no Red Bus e foi um passeio bem legal... Mas eu também comentei – acho que os mais atentos perceberam – que eu peguei o trem “errado”. Eu acabei chegando em Cape Town, mas demorei bastante e desconfiei que eu havia passado por Cape Flats. Pois bem, hoje perguntei pra Caroline sobre esse trem e quase apanhei dela! Ela falou que eu fui louca de pegar aquele trem e que nem ela – que nasceu, cresceu aqui e é colored – tem coragem de pegar aquele trem e “passear” por Cape Flats... Que mesmo ela nunca foi na maioria daqueles lugares e que, graças a Deus, eu não desci do trem em alguma estação porque eu nunca conseguiria volta pra Retreat. Deixe-me explicar: Cape Flats é a região onde todos os coloreds – incluindo o pessoal de Distric 6 – foram enviados quando o governo do Apartheid desocupava áreas e as tornava áreas para brancos. Os índices de violência em Cape Flats são mais altos que no resto da cidade e assaltos, estupros e assassinatos aco...

Folga extra!!!

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Um trabalho extra sempre é bom porque posso ganhar um dinheirinho a mais, mas não tem o que pague uma folga extra! Pelo contrário eu sempre gasto mais do que devia nesses dias! E hoje não foi diferente. Bom, você deve estar se perguntando do que eu to falando, afinal hoje é segunda-feira e não é minha folga. Mas a Claudia combinou de viajar com uma amiga dela daqui que tem uma menininha da idade do Leo – e os dois se adoram – e vão passar a noite fora, então estou de folga! Acordei com o Leo em torno das 8:30h. Ele ainda estava molinho, ficou enrolando na cama e eu também. Depois de um tempo ele e a Ruby vieram pra minha cama. Às 9h o despertador da Claudia tocou e quando eu ouvi que ela estava de pé, chamei ela pra ver a cena. Estávamos os três completamente tortos na minha cama, mas não estava desconfortável, até que estava gostoso. Depois disso levantamos. Me arrumei, arrumei o Leo, tomamos café da manhã e eu perguntei pra Claudia se eu podia sair um pouco antes dela, ela falo...

Atualizando...

Semana passada tivemos hóspedes em casa... Um casal, a Wendy e o Dakota. A Claudia e a Wendy são amigas desde o ensino médio – e me perdoem todas as minhas outras amigas – mas eu lembrei muito da Carol, afinal também nos conhecemos no ensino médio. Eles são uns amores, brincaram pra caramba com o Leo, me trataram super bem, a Wendy elogiou meu inglês mais de uma vez e sinceramente nem parecia que tinha mais gente em casa de tão sossegados que eles são. No domingo fizemos um passeio bem legal, saímos de casa, passamos pela Chapman’s Peak, almoçamos no Dunes e fomos pra Walterfront. Foi um passeio bem gostoso, nos divertimos bastante. Eles foram embora na terça-feira, 03/04, à noite e na quarta à noite a Susan chegou – outra amiga da Claudia. Ela também parece ser super legal e hoje – tecnicamente ontem, pois já passa da meia noite – ela subiu a Table Mountain a pé – igual a Mandy me convidou pra fazer. Eu fiquei mais empolgada ainda porque ela chegou contando várias histórias legais ...

Desventuras em South Africa

Agora eu me sinto mais segura por aqui: o idioma não me assusta mais, já conheço os caminhos que eu sempre faço, não me incomodo com as pessoas me olhando como se eu fosse um ET no taxi e até me adaptei à mão de direção invertida – tanto como pedestre quanto como motorista. Então, claro que tinha que acontecer alguma coisa pra me mostrar que confiança sempre é bom, mas excesso de confiança não é legal. Hoje eu saí atrasada pra ir pra escola. Na real eu tenho saído meio atrasada todos os dias porque eu espero a Caroline chegar para levar o Leo na escola e com isso acordo ele no horário normal dele e vou arrumando ele. Quando ela chega, ele está quase pronto mas sempre falta alguma coisa. Daí vou falando com ela, arrumando ele e acabo saindo de casa uns 10 minutos mais tarde do que eu costumava sair ano passado. Com o atraso de 10 minutos eu geralmente perco meu ônibus e tenho que ir de trem. Até aí sem problemas, agora aprendi que tenho que pegar a primeira classe e assim as pessoas ...

E a semana passou voando...

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Depois do suicídio financeiro decidi andar mais um pouco no shopping, mas fiquei cansada e decidi voltar pra casa. A Claudia estava aguardando alguns amigos dela ligarem pra ela sair com o Leo e eles, mas o pessoal furou. Então eu sugeri que saíssemos nós três e ela topou! Fomos a uma praia aqui perto de casa, Long Beach em Noordhoek . Chegamos lá as 6 horas da tarde, mas parecia 4h! O sol ainda estava alto e o dia, super agradável! A Claudia gosta de correr, então ficamos o Leo e eu em um ponto e ela saiu correndo – literalmente. Nos divertimos muito. Mas a água é muito mais gelada do que eu podia imaginar. Milhões de vezes mais gelada do que eu pensei. Só pra comparar imagine colocando seus pés em uma vasilha cheia de gelo. É essa a sensação! Eu realmente só molhei os pés. E a cada vez que eu pisava na água dava a impressão que eu tinha perdido os pés de tão fria que a água estava, a água nessa praia é mais fria que em Bolders Beach, a praia dos pinguins. Já o Leo adorou! Acho...

Lei de Murph

Na terça-feira acordei as 6:45h, mas levantei umas 7:10h. Me arrumei, tomei café e quando olhei pro relógio já era 7:50h. Esse horário eu preciso estar dentro do taxi, senão perco o ônibus. A Claudia estava saindo e me ofereceu uma carona. Aceitei. Mesmo assim peguei o taxi às 8h. Ele rodou, rodou, rodou e chegamos em Retreat às 8:20h. Meu busão, teoricamente, sai as 8:22h, mas como o Murph é meu amigo, o busão estava saindo. Corri para a estação de trem, comprei o bilhete e me direcionaram para uma plataforma que eu não tinha usado ainda. Havia um trem parado lá. Mas o Murph resolveu me ajudar mais uma vez e o trem saiu antes que eu chegasse à plataforma. Fiquei esperando o próximo trem. E a “locutora” da estação falou que o próximo trem estava com problemas e tinha sido cancelado. Tudo bem, eu pego o seguinte. Fiquei na plataforma debaixo de um sol que parecia sol de meio dia e o trem chegou. E o murph, muito solícito apareceu mais uma vez: o trem parou na outra plataforma, a que...

Busão Golden Arrow

Acho que todos que acompanham este blog estão se perguntando como eu ando fazendo para dar o sinal e o ônibus parar no meu ponto, certo? Bom, pra quem não sabe do que eu to falando, veja esse post: http://vaicarol.blogspot.com/2011/11/escola-day-2.html Pois bem, depois que eu relaxei e comecei a curtir o passeio percebi que há um botão para dar o sinal atrás do lugar do motorista, aliás isso é uma boa história e eu preciso contar: Os ônibus geralmente tem apenas 1 porta por onde todos entram e saem. O costume, aqui, é esperar as pessoas saírem e depois entrar. O motorista é quem recebe o dinheiro das passagens e o valor da passagem é cobrado de acordo com o trecho que você vai percorrer. Não há ninguém para conferir seu tiquet na descida para ver se você realmente desceu onde havia informado ou não – pelo menos até agora não vi ninguém conferindo. Dentro do ônibus os assentos são divididos em 2 e 3 lugares. Do lado esquerdo todos os assentos são de 2 lugares e do lado direito todo...

Novidades na escola

Hoje estava na escola e no horário do intervalo veio uma mulher meio desesperada perguntando em inglês se era eu que falava português. Eu disse que sim, mas estranhei porque o pessoal de Angola estava perto de mim e ela nem se incomodou com eles. Daí ela me perguntou se eu era brasileira, eu disse que sim e ela falou que tinha outra brasileira, que era pra eu ir conversar com ela. Uma menina da outra turma me levou até lá e eu conheci a Katherine. 28 anos, de Alagoas, está aqui há 3 dias e veio com o namorado porque ele está fazendo um pós-doutorado/mestrado – sei-la-eu-o-quê. Ela também está estudando, mas como não tem inglês ta difícil, então ela decidiu fazer algumas aulas para ver se “pega no tranco”. Eles vão ficar até o final de janeiro. Aproveitei a companhia da Katherine e fui a uma papelaria comprar umas bexigas e uma faixa de ‘Welcome Home’ para a Claudia. Quero fazer uma surpresa para ela amanhã. O Leo já fez vários desenhos e eu vou colocar tudo na entrada aqui de casa am...

Mais um dia de aula

Gente, vocês já enjoaram das minhas aventuras indo e voltando da minha escola? Se sim deixem comentário que eu paro de contar. Na terça-feira, quando eu cheguei da aula e fui dormir com o Leo, a Alice foi embora sem se despedir. Até aí tudo bem, achei que ela não queria incomodar. Mas quando eu prestei atenção a chave dela aqui de casa estava aqui em casa – e não com ela. Então significava que ela não ia voltar mais. Quando a Claudia chegou, falei com ela. Ela mandou um SMS pra Alice e a Alice confirmou que não voltaria mais. Imediatamente a Claudia já mandou um SMS para outra moça, Caroline – ela é sul africana e já trabalhou aqui em casa também – e a Carol falou que só poderia vir a partir da próxima semana. Então para eu não perder aula, a Claudia disse que pegaria o Leo na escola, pediu se eu poderia voltar de trem – para chegar mais rápido – e então ela voltaria para o trabalho. E assim fizemos. Daí na volta, dessa vez eu fui mais esperta: comprei o bilhete Plus, da 1ª classe,...

Notícias de além mar

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Oi pessoal! Sei que fiquei sem postar nada sobre o final do meu fim de semana e sempre posto boas notícias ou, pelo menos, coisas engraçadas... Mas a semana passada, incluindo o final de semana, não foi um dos mais felizes que eu tive aqui. Não é nada com a família aqui, pelo contrário! A Claudia me trata realmente como uma amiga, o Leo é um doce de criança e a cada dia está mais esperto e carinhoso. Mas a saudade bateu forte. Deixe-me explicar: quarta, 23, foi niver da minha mãe. Me fiz presente da melhor maneira que eu podia, mas não estava ao lado dela. Sábado, 26, foi o casamento do meu primo Angelo com a minha prima Thais – amo vocês, parabéns e sejam muito felizes! – e domingo, 27, meu avô internou para fazer uma cirurgia na coluna. Só Deus sabe o quanto eu desejaria estar no Brasil para dizer a ele, olhando nos belos olhos azuis que ele tem, que eu o amo e que estou torcendo para que tudo corra bem. Mas não estou no Brasil. Estou há quase 10.000 km de distância e o que eu posso...

Happy Thanksgiving – parte 1

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Hoje meu dia começou bem cedo: antes da 1h da manhã o Leo acordou aos berros. A Claudia não escutou ele chorando, então eu levantei... Peguei e o coloquei pra dormir novamente. Voltei para minha cama. Às 4:40h da manhã acordo com leves batidas na porta. Adivinha quem? O Leo! Aliás, o Leo e a Ruby! Entra Leo, vem dormir com a Carol... E lá vieram os dois se empoleirar na minha cama... Eu havia comentado com a Claudia que a próxima vez que isso acontecesse eu iria para a cama de hospedes com ele porque é uma cama de casal – e a minha cama é de solteiro – mas como faltava menos de 1:30h para eu levantar, nem me dei ao trabalho. Dormimos. Os dois mais do que eu. Levantei as 6h, fiz tudo o que eu precisava e as 6:50h acordei o Leo. Hoje ele acordou de bom humor. Tomou café, fomos pra escola e ele ficou por lá super bem! Peguei o taxi. Acho que estou me acostumando! Esse era bonitinho, tinha até propaganda de alguma coisa – não prestei muita atenção – pintada na lataria externa. O motoris...

Escola Day #2

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Acordei, conforme programado, às 6h da manhã, me arrumei, tomei café e fui acordar o Leo as 6:50h. Por algum milagre divino ele não acordou mau humorado (bad mood) como é o habitual. Ponto pra mim! Troquei ele, descemos, ele tomou café da manhã – cereal + leite + blueberries – pegamos nossas coisas e fomos pras nossas escolas. Quando chegamos na escola dele, por ser mais cedo, a professora dele não estava. Ele começou a querer fazer birra pra não ficar na escola e eu nem dei tempo para isso, entrei no parquinho com ele e fomos brincar! Pronto, acabou a birra que nem tinha começado. Saí correndo e fui para o ponto do taxi. Quando parei o taxi da ida até Retriet havia uma moça branca, loira de olhos claros lá dentro que desceu no ponto em que eu entrei. Ela até contrastava com as demais pessoas – gente, não sou preconceituosa, juro! Mas você vai pegando o jeito daqui e acaba achando que aquilo não combina, acho que porque eu sou morena e de olhos escuros causo “menos contraste” no meio...

Uma aventura nem tão grande assim

Oi pessoal! Hoje foi meu primeiro dia de aula! E se estou aparecendo por aqui agora é porque estou viva para contar! HEHE Hoje acordei mais cedo. Eu precisava deixar o Leo na escola antes das 8h senão eu não chegaria na minha escola em tempo, afinal eu teria que pegar um taxi e + o trem para chegar lá... Mas quase que não apareço por aqui mesmo, sorte que meu anjo da guarda é poderoso e cuida muito de mim! Por quê? Ah, porque na ida eu peguei um taxi onde o motorista era camicase! Ele dava umas aceleradas que quase me derrubaram do banco! Ele quase bateu taxi em um carro quando foi virar a direita, quase derrubou uma passageira – juro que não era eu – porque não viu ela entrando no veiculo e ainda por cima foi parado pela polícia! Ah, e quando eu entrei no taxi havia um cara, que no meu conceito era branco, mas pelo que eu entendi do Apartheid ele seria color – uma pessoa que tem ascendência negra e branca. O que me contaram é que era o governo quem decidia se a pessoa era branca, ...

Transporte público sul africano

Essa semana começa minhas aulas na minha escola. Então hoje a Alice – nossa faxineira – foi me ensinar a fazer o trajeto entre a minha casa e a minha escola com o transporte público local. A primeira informação que ela me deu foi super “confortadora”. É a respeito dos taxis – nós chamamos de Van no Brasil – ela me disse que a maioria dos motoristas não tem licença para dirigir. Ótimo! Eu só tenho que pegar um desses até a estação de trem mais próxima. Com relação a essa estação ela me deu outra notícia confortadora: “ta lotada de trombadinhas”. Mas enfim, essa é a maneira mais rápida e – acho que posso dizer – segura de chegar na escola que eu tenho. Pra não dizer que é a única nesse momento. Bom, mas e o transporte? As Vans até que não são ruins, nada comparada às que fazem o trajeto Valinhos-Campinas, mas podemos comparar com as que rodam em São Paulo. Os dois motoristas que eu peguei – ida e volta – não me pareceram camicases e espero que continue assim. O trem é ruim, mas eu fui...