Shark diving: I did it! – Parte 2

Na quarta à noite a Claudia falou pra eu ir dormir cedo que ela cuidaria do Leo, vim pra cama em torno das 9h e dormi rápido. O Leo já tinha jantado, ela só deu banho e colocou ele pra dormir. Acordei, na quinta, às 3h da manhã, levantei, me arrumei, comi uma torrada e o motorista, Gregory, chegou às 3:40h. Ele até me elogiou e falou que queria que todos os clientes dele fossem assim como eu. Depois fomos pra cidade, pegamos duas americanas em um hotel chiquetérrimo chamado The Table Bay – um dos mais caros da cidade, o Gregory me falou que até o Michael Jacson ficou hospedado lá. De lá fomos pra outro hotel, Protea Fire & Ice e pegamos um casal de suíços. A gente se cumprimentou, conversei um pouco com as americanas, a Adriene era mais falante, a outra mais quieta. Conversamos pouco com os suíços e fomos pra Hermanus – 2 horas de viagem – todo mundo se acomodou na van e dormiu.
Chegamos em Hermanus em torno das 7h da manhã a empresa havia preparado um belo café da manhã pra gente com pão, muffin, café, chá, suco, geléia, manteiga e torradeira com pão branco e integral pra fazer torrada. Depois que eu tomei café, junto com as americanas, resolvi sair para tirar umas fotos, o lugar é lindo.

Mas tava muito frio e eu voltei pra dentro. Fiquei conversando com as americanas e a Adriene se ofereceu para tirar algumas fotos minhas – ela estava com uma câmera “super top turbo” – e me falou que me mandaria as fotos por email. Fomos pra fora novamente e tiramos algumas fotos.
Havia duas pessoas que deveriam ir conosco que não chegaram e eles ligaram avisando que estavam meio perdidos, mas que estavam a caminho, então ficamos esperando. Eles chegaram com pouco mais de 30 minutos de atraso, então o capitão do navio foi passar as orientações pra gente e embarcamos. Foi super legal, eles estavam filmando e a gente entra no barco enquanto ele ainda está em terra, só depois ele é colocado na água.

E quase uma hora depois do horário que a gente deveria sair, saímos para “caçar” tubarões. No caminho um pássaro acompanhou a gente por uns 5 minutos e a tripulação ia dando peixe pra ele comer, ele chegava perto, pegava o peixe, comia e voltava pra ganhar mais. O mais engraçado é que ele deve estar acostumado a isso porque ele ficava rodando de um lado pro outro do barco pra encontrar o homem com o peixe.

Cerca de 40 minutos depois ancoramos em um ponto. A tripulação deu a roupa de mergulho pra gente colocar e o barco começou a sacudir. Eu, que sou esperta, já tinha tomado um remédio pra não ficar enjoada, mas tinha um carinha lá que tava até verde de tão mal que ele estava passando... Colocamos a roupa de mergulho e a tripulação começou com os preparativos pra chamar os tubarões. Eles pescaram uns 2 peixes e jogaram um pouco de carcaça de peixe no mar pra atrair os tubarões.
Primeiro apareceu um pequeno e a tripulação falou que ainda não estava bom, que se não aparecessem outros a gente iria para outro ponto, mas daí apareceu um enorme, com 3,5 m de comprimento. Então eles jogaram a gaiola no mar e convidaram os 6 primeiros corajosos pra entrar na gaiola.

Parênteses: eles levam até 12 pessoas para o mergulho por viagem, nós estávamos em 11, mas só cabem 6 pessoas por vez na gaiola, então eles convidam 6 pessoas pra ir primeiro e depois mais 6 pessoas – no nosso caso, 5 pessoas, pra ir uma segunda vez.

Entraram quatro pessoas, as duas americanas e eu havíamos combinado de ir com a segunda turma, mas faltavam duas pessoas e os demais não queriam ir, então elas foram e eu fiquei pra segunda “leva”. Enquanto os primeiros 6 ficam na gaiola a gente pode ver os tubarões de cima do barco e é a coisa mais linda do mundo!

Parênteses: eu pensava que os tubarões nadavam na superfície da água com aquela barbatana – não sei o nome certo – pra fora igual ao filme Tubarão (Jaws) do Spielberg. Mas não! Eles nadam sempre embaixo da água e quando eles se aproximam da gaiola a tripulação do barco grita “down” pra quem está na gaiola, é o comando pra mergulhar pra poder ver o tubarão.

Não sei mensurar o tempo que o pessoal ficou na gaiola, mas eles saíram logo e daí foi a vez de quem ainda não tinha ido. Eu fui a terceira a entrar na gaiola e confesso que eu estava com mais medo da água gelada (a temperatura da água, na quinta-feira era de 10°C) do que dos tubarões. E a água realmente estava fria! Congelando! Não consigo descrever a sensação de entrar naquela água tão gelada, juro que só entrei porque eu queria muito, muito, muito mesmo ver o tubarão de pertinho.

E valeu a pena! Foi uma das coisas mais incríveis que eu já fiz! Depois que o tubarão começou a passar perto da gente eu até me esqueci da temperatura da água, ele é um animal tão lindo! Tão perfeito e parecia tão calmo perto da gente que dava vontade de tocar, mas claro que ninguém é louco de fazer isso e a tripulação do barco falou milhões de vezes que não devemos tentar tocar os tubarões. Alguns dos dentes dele são do tamanho dos meus dedos e eu havia me programado pra voltar pra casa inteira, então fiquei só na tentação de tocá-lo.

Também não sei quanto tempo fiquei na gaiola dessa vez, mas para mim não foi o suficiente só que era preciso sair para revezar com a outra turma. Quando eu saí da gaiola percebi que a maioria das pessoas já havia se trocado e que eles não iriam entrar na gaiola de novo, daí um dos tripulantes perguntou se eu queria ir de novo com as minhas amigas – as duas americanas – eu disse que sim e foi a MELHOR coisa que eu fiz!

Novamente eu fui a terceira a entrar: primeiro entrou o casal de suíços, depois eu e depois as duas americanas. Logo que nos estabelecemos dentro da gaiola, os tripulantes jogaram a isca e o tubarão veio pegá-la, eles puxaram e ele mordeu a gaiola BEM NA MINHA FRENTE! Foi incrível!!! Todo mundo estava submerso, eu e o rapaz suíço demos um pulo pra trás – se é que isso é possível – e na hora eu comecei a boiar dentro da gaiola porque soltei minhas mãos e todos nós começamos a gritar! A adrenalina, a excitação, a emoção foi tão grande que a gente não conseguia parar de falar e de se mexer e de gritar!

Depois disso ficamos mais um tempão dentro da gaiola – tive a sensação que foi uma meia hora – mas o tubarão tinha ido embora... Apareceu uma água viva e as duas americanas começaram a me zoar porque eu tava com medo da água viva e não do tubarão. Mas ela era tão pequenininha, tão delicada e parecia inofensiva. Mesmo assim, na dúvida, coloquei minhas mãos pra fora da água.
A água viva foi embora, a gente continuou na gaiola e nada de tubarão... Eu fui ficando cansada de ficar lá dentro, comecei a não sentir meus dedos dos pés e das mãos, meus pés estavam formigando e eu pedi pra sair. Quando eu pedi pra sair todo mundo saiu comigo – acho que eles também estavam com a mesma sensação.
Subimos, me enxuguei, coloquei minha jaqueta e um shorts e demos meia volta pra voltar. Eu continuei não sentindo meus dedos dos pés. Quando chegamos no escritório da empresa eu corri pro banheiro pra tomar um banho quente. Peguei uma toalha e me enfiei debaixo da água escaldante. Fiquei uns 10 minutos e sai pensando que alguém também quisesse se aquecer, mas nada! Quando eu cheguei lá na frente já tinham passado o vídeo do nosso dia e estavam oferecendo pra gente comprar. Eu já tinha ido pensando em comprar porque não tenho máquina fotográfica, então comprei um vídeo. Tomei uma sopa quentinha que eles estavam servindo, peguei minhas tralhas, fomos pro carro e viemos embora. Mais uma vez todo mundo deitou e dormiu, dessa vez eu também dormi bastante.

Deixamos primeiro o pessoal da cidade, as duas americanas, os dois suíços e quando estávamos vindo pra casa, o Gregory e eu ficamos conversando. Descobri que ele mora em Claremont e pedi pra ele parar num mercado aqui perto de casa pra eu comprar alguma coisa pra comer. Comprei um salgadinho e Coca-Cola e ele me deixou em casa.

Quando eu cheguei em casa não tinha ninguém, subi pro meu quarto, comecei a comer e uns 10 minutos depois a Caroline e o Leo chegaram – eles estavam na aula de golf – conversamos um pouco e eu fui tomar outro banho – eu estava cheirando a peixe! – Bom, nesse momento eu já estava sentindo os meus dedos dos pés, não perdi nenhum! rs

#VaiCarol

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