Packing
Loucura! Loucura! Loucura! Somente assim eu consigo descrever o que aconteceu aqui em casa entre segunda-feira e hoje! O consulado contrata uma companhia de mudança, eles vem, vão fuçando em tudo, “desenterrando” coisas que nem a gente sabia que existia e empacotando tudo! Até os móveis são embalados em caixas de papelão ou plástico bolha, nada sai da casa sem um pacote.
Mas vamos do começo: segunda foi o aniversário do Leo, minha entrevista no Consulado pro visto pra ir pros States e o primeiro dia de packing.
Acordei mais cedo porque minha entrevista era as 8:30h da manhã, mas a Claudia falou que eles atendem por ordem de chegada e não exatamente pelo horário, então deixei o Leo na escola mais cedo, e cheguei no Consulado pouco antes das 8h da manhã, em tempo de ver alguns funcionários chegando pro trabalho.
Eu também descobri que as regras de segurança são as mesmas aplicadas no mundo todo: não pode entrar com nada eletrônico, não pode entrar com bolsa. Só pode levar documentos e carteira. Então fui com uma sacolinha de brigadeiros pra Mandy e meus documentos. Até minha inocente sacolinha de brigadeiros teve que ficar trancada num armário na portaria. Entrei no consulado em torno de 8h e já fui vendo todo mundo! É muito engraçado porque a Claudia trabalha no setor de vistos, então eu conheço todo mundo. Mas tem uma regra que diz que um funcionário não pode entrevistar alguém que ele conheça e aqui em CT tem 4 pessoas que fazem as entrevistas: a Claudia, a Beth, a Jenny e o Aaron. De todos, quem eu menos tive contato foi o Aaron, então ele seria o responsável pela minha entrevista.
Falei oi pra Mandy, pra Nancy, pra Beth... Vi a Julia, mas ela não me viu... Enfim, foi legal. Mesmo assim fiquei o mais quieta possível no meu canto, não queria que outras pessoas pensassem que eu estava sendo privilegiada por algum motivo, porque eu realmente não estava.
Tinha bastante gente e enquanto eu esperava eu sentei ao lado da mulher que estava na minha frente, na fila. E foi engraçado porque muita gente foi passando na nossa frente daí ela falou para mim: “nossa, será que perderam nossos papéis? Tá todo mundo passando na nossa frente!” Eu só dei um sorriso amarelo e falei: “é”. Foi eu terminar de falar, o Aaron me chamou... A mulher me olhou com a maior cara feia, eu levantei e fui falar com ele.
A entrevista foi bem simples, nos cumprimentamos, ele me perguntou há quanto tempo eu trabalho com a Claudia, se eu estava feliz em voltar pro Brasil. Pareceu papo de conhecidos, sabe? Não sei se ele não me conhecesse se seria tão simples assim.
Claro que meu visto foi aprovado e ele falou que a Claudia pode pegar meu passaporte qualquer dia desses.
Voltei pra casa em torno das 9h e fui tomar café da manhã rapidinho porque o pessoal da mudança estava pra chegar e aproveitei e conversei um pouco com a Claudia.
Durante o packing a Claudia não trabalha, para acompanhar todo o processo, o consulado agendou para a empresa chegar às 9h da manhã, mas eles ligaram em torno das 10:30h falando que furou um pneu do caminhão e que eles iam atrasar. Chegaram aqui mais de 11h da manhã. E como a Claudia já é escolada nesse tipo de mudança – quando ela veio do Canadá pra cá a companhia perdeu uma caixa e ela não sabia o que tinha dentro – dessa vez ela falou que queria só duas pessoas montando as caixas e eu e ela assistindo e anotando tudo o que ia dentro das caixas. E lá fomos nós! A equipe que chegou era de umas 6 pessoas – 2 mulheres e 4 homens – peguei uma das mulheres e fomos “empacotar” a cozinha. Ficamos mais de duas horas lá e a moça só não empacotou o que estava sujo dentro da lava-louças e o que a Claudia tinha falado que não era pra empacotar ainda – comida – nesse meio tempo deu a hora de buscar o Leo na escola e ia ter uma festinha lá para as crianças com a sobra dos brigadeiros e cupcakes – aliás, estamos distribuindo cupcakes, alguém quer?
A Claudia foi buscar o Leo e eu fiquei com as duas moças empacotando na cozinha, mas consegui anotar as coisas. Na volta ela foi buscar comida pra gente e pro pessoal da mudança, eles ficaram parados em torno de 1 hora. Depois eu e as duas moças subimos pro playroom e lá vai mais pacote! O payroom foi o mais difícil de fazer porque eu tinha que anotar brinquedo por brinquedo e cada uma delas montava uma caixa simultaneamente e eu tinha que anotar tudo! Quase morri louca! Perdi algumas coisas, mas a Claudia falou que tudo bem.
Quando íamos começar no quarto de visitas já era 4h da tarde e eles falaram que precisavam ir embora naquela hora, que voltariam na terça-feira entre 9h e 10h, pra terminar tudo.
Terça-feira, acordei o Leo no horário normal, a Caroline veio e eu levei ele pra escola e ficamos esperando o pessoal da mudança. Eles chegaram quase 10h. E a Claudia e eu tínhamos comentado com a Caroline a respeito de uma das moças que era muito estúpida e sem educação. A Caroline falou que não entra ninguém sem educação aqui em casa e que ela ia falar com eles. Quando a companhia da mudança chegou, estávamos as três na porta e fomos falando oi, a Caroline começou a cumprimentar todo mundo em afrikaans e a moça até pareceu menos estúpida naquele dia – ou foi só impressão, não sei. Depois de um tempo a Caroline foi conversar um pouquinho comigo e me falou que eles queriam terminar tudo e ir embora até a 1h da tarde, mas eles não terminaram tudo e foram embora quase 7h da noite deixando um monte de caixas dentro da garagem para levar hoje – porque elas não couberam em todos os racks que eles trouxeram ontem – a boa noticia disso tudo é que não ultrapassamos o peso limite e eu pude mandar uma caixinha minha com meus vinhos, livros e algumas latinhas de cerveja.
O responsável pela equipe de mudança falou que viria outro caminhão hoje às 9h, com outra equipe e mais dois racks para terminar de carregar as coisas que faltaram. Em torno das 11h alguém ligou dizendo que estava vindo pra fazer isso, mas estavam numa van.
Acontece ontem a noite a Claudia pegou a packing list dos caras e foi fazer uma nova conferência e descobriu que algumas caixas estavam desaparecidas, três caixas pra ser exata. Os caras que chegaram hoje fizeram uma nova conferência na garagem e não encontraram essas caixas. Eles falaram que talvez a Claudia tenha que ir até o CD deles, para que eles possam abrir os 5 racks que estão lá e procurar essas caixas. Resumindo: a Claudia também não foi trabalhar hoje. Estamos em casa, esperando um caminhão com dois racks para terminar de carregar as coisas que faltaram.
Mas você deve estar se perguntando: como a gente ta fazendo aqui em casa sem nada, certo? E por que empacotar tudo tão antes assim? A resposta é simples: muitas coisas aqui em casa são do consulado, como os móveis do meu quarto, do quarto da Claudia e da sala de TV. O que era nosso e foi mandado na mudança como coisas da cozinha e TV são repostos pelo consulado, eles emprestam móveis, pratos, talheres, TV, roupa de cama e banho. O quarto do Leo, por exemplo, é tudo da Claudia e já foi desmontado, então o consulado trouxe uma cama de solteiro com colchão, roupa de cama e até travesseiros para substituir as coisas do Leo. E o empacotamento precisa ser feito agora porque as coisas são enviadas de navio e o prazo para entrega é em torno de 3 meses. Quando chegarmos em São Paulo também utilizaremos esse kit do consulado até as “nossas” coisas chegarem.
Bom, é isso! Daqui a pouco vou buscar o Leo, depois tem swimming class e eu quero dar um pulinho no Blue Route pra comprar mais internet. Darei mais noticias em breve!!!
#VaiCarol
Mas vamos do começo: segunda foi o aniversário do Leo, minha entrevista no Consulado pro visto pra ir pros States e o primeiro dia de packing.
Acordei mais cedo porque minha entrevista era as 8:30h da manhã, mas a Claudia falou que eles atendem por ordem de chegada e não exatamente pelo horário, então deixei o Leo na escola mais cedo, e cheguei no Consulado pouco antes das 8h da manhã, em tempo de ver alguns funcionários chegando pro trabalho.
Eu também descobri que as regras de segurança são as mesmas aplicadas no mundo todo: não pode entrar com nada eletrônico, não pode entrar com bolsa. Só pode levar documentos e carteira. Então fui com uma sacolinha de brigadeiros pra Mandy e meus documentos. Até minha inocente sacolinha de brigadeiros teve que ficar trancada num armário na portaria. Entrei no consulado em torno de 8h e já fui vendo todo mundo! É muito engraçado porque a Claudia trabalha no setor de vistos, então eu conheço todo mundo. Mas tem uma regra que diz que um funcionário não pode entrevistar alguém que ele conheça e aqui em CT tem 4 pessoas que fazem as entrevistas: a Claudia, a Beth, a Jenny e o Aaron. De todos, quem eu menos tive contato foi o Aaron, então ele seria o responsável pela minha entrevista.
Falei oi pra Mandy, pra Nancy, pra Beth... Vi a Julia, mas ela não me viu... Enfim, foi legal. Mesmo assim fiquei o mais quieta possível no meu canto, não queria que outras pessoas pensassem que eu estava sendo privilegiada por algum motivo, porque eu realmente não estava.
Tinha bastante gente e enquanto eu esperava eu sentei ao lado da mulher que estava na minha frente, na fila. E foi engraçado porque muita gente foi passando na nossa frente daí ela falou para mim: “nossa, será que perderam nossos papéis? Tá todo mundo passando na nossa frente!” Eu só dei um sorriso amarelo e falei: “é”. Foi eu terminar de falar, o Aaron me chamou... A mulher me olhou com a maior cara feia, eu levantei e fui falar com ele.
A entrevista foi bem simples, nos cumprimentamos, ele me perguntou há quanto tempo eu trabalho com a Claudia, se eu estava feliz em voltar pro Brasil. Pareceu papo de conhecidos, sabe? Não sei se ele não me conhecesse se seria tão simples assim.
Claro que meu visto foi aprovado e ele falou que a Claudia pode pegar meu passaporte qualquer dia desses.
Voltei pra casa em torno das 9h e fui tomar café da manhã rapidinho porque o pessoal da mudança estava pra chegar e aproveitei e conversei um pouco com a Claudia.
Durante o packing a Claudia não trabalha, para acompanhar todo o processo, o consulado agendou para a empresa chegar às 9h da manhã, mas eles ligaram em torno das 10:30h falando que furou um pneu do caminhão e que eles iam atrasar. Chegaram aqui mais de 11h da manhã. E como a Claudia já é escolada nesse tipo de mudança – quando ela veio do Canadá pra cá a companhia perdeu uma caixa e ela não sabia o que tinha dentro – dessa vez ela falou que queria só duas pessoas montando as caixas e eu e ela assistindo e anotando tudo o que ia dentro das caixas. E lá fomos nós! A equipe que chegou era de umas 6 pessoas – 2 mulheres e 4 homens – peguei uma das mulheres e fomos “empacotar” a cozinha. Ficamos mais de duas horas lá e a moça só não empacotou o que estava sujo dentro da lava-louças e o que a Claudia tinha falado que não era pra empacotar ainda – comida – nesse meio tempo deu a hora de buscar o Leo na escola e ia ter uma festinha lá para as crianças com a sobra dos brigadeiros e cupcakes – aliás, estamos distribuindo cupcakes, alguém quer?
A Claudia foi buscar o Leo e eu fiquei com as duas moças empacotando na cozinha, mas consegui anotar as coisas. Na volta ela foi buscar comida pra gente e pro pessoal da mudança, eles ficaram parados em torno de 1 hora. Depois eu e as duas moças subimos pro playroom e lá vai mais pacote! O payroom foi o mais difícil de fazer porque eu tinha que anotar brinquedo por brinquedo e cada uma delas montava uma caixa simultaneamente e eu tinha que anotar tudo! Quase morri louca! Perdi algumas coisas, mas a Claudia falou que tudo bem.
Quando íamos começar no quarto de visitas já era 4h da tarde e eles falaram que precisavam ir embora naquela hora, que voltariam na terça-feira entre 9h e 10h, pra terminar tudo.
Terça-feira, acordei o Leo no horário normal, a Caroline veio e eu levei ele pra escola e ficamos esperando o pessoal da mudança. Eles chegaram quase 10h. E a Claudia e eu tínhamos comentado com a Caroline a respeito de uma das moças que era muito estúpida e sem educação. A Caroline falou que não entra ninguém sem educação aqui em casa e que ela ia falar com eles. Quando a companhia da mudança chegou, estávamos as três na porta e fomos falando oi, a Caroline começou a cumprimentar todo mundo em afrikaans e a moça até pareceu menos estúpida naquele dia – ou foi só impressão, não sei. Depois de um tempo a Caroline foi conversar um pouquinho comigo e me falou que eles queriam terminar tudo e ir embora até a 1h da tarde, mas eles não terminaram tudo e foram embora quase 7h da noite deixando um monte de caixas dentro da garagem para levar hoje – porque elas não couberam em todos os racks que eles trouxeram ontem – a boa noticia disso tudo é que não ultrapassamos o peso limite e eu pude mandar uma caixinha minha com meus vinhos, livros e algumas latinhas de cerveja.
O responsável pela equipe de mudança falou que viria outro caminhão hoje às 9h, com outra equipe e mais dois racks para terminar de carregar as coisas que faltaram. Em torno das 11h alguém ligou dizendo que estava vindo pra fazer isso, mas estavam numa van.
Acontece ontem a noite a Claudia pegou a packing list dos caras e foi fazer uma nova conferência e descobriu que algumas caixas estavam desaparecidas, três caixas pra ser exata. Os caras que chegaram hoje fizeram uma nova conferência na garagem e não encontraram essas caixas. Eles falaram que talvez a Claudia tenha que ir até o CD deles, para que eles possam abrir os 5 racks que estão lá e procurar essas caixas. Resumindo: a Claudia também não foi trabalhar hoje. Estamos em casa, esperando um caminhão com dois racks para terminar de carregar as coisas que faltaram.
Mas você deve estar se perguntando: como a gente ta fazendo aqui em casa sem nada, certo? E por que empacotar tudo tão antes assim? A resposta é simples: muitas coisas aqui em casa são do consulado, como os móveis do meu quarto, do quarto da Claudia e da sala de TV. O que era nosso e foi mandado na mudança como coisas da cozinha e TV são repostos pelo consulado, eles emprestam móveis, pratos, talheres, TV, roupa de cama e banho. O quarto do Leo, por exemplo, é tudo da Claudia e já foi desmontado, então o consulado trouxe uma cama de solteiro com colchão, roupa de cama e até travesseiros para substituir as coisas do Leo. E o empacotamento precisa ser feito agora porque as coisas são enviadas de navio e o prazo para entrega é em torno de 3 meses. Quando chegarmos em São Paulo também utilizaremos esse kit do consulado até as “nossas” coisas chegarem.
Bom, é isso! Daqui a pouco vou buscar o Leo, depois tem swimming class e eu quero dar um pulinho no Blue Route pra comprar mais internet. Darei mais noticias em breve!!!
#VaiCarol
Que louuuuuuuuuuuuucura mesmo hein .... deve ser de pirar toda essa mudança.
ResponderExcluirBoa sorte pra vc´s ai hehehe
Bjoooosssssss
Oi Claudia,
ExcluirNem me fala! Mas ainda é melhor do que ter que empacotar tudo, viu? Bem mais rápido e menos cansativo!
Bjos!
Afff... Essa história toda faz todas as mudanças q vc já fez na sua vida parecerem brincadeira de criança...
ResponderExcluirNada! Essa é que é mudança de verdade! Tudo pronto e eu nem fiquei cansada de verdade, como eu fico nas "minhas" mudanças... Foi ótimo não ter que colocar nem uma agulha dentro de alguma caixa e não precisar carregar caixa, mesa, cadeira, etc...
ExcluirQueria sempre poder mudar desse jeito!