Sobrevivi! – parte 1

Na sexta, 20/01, elas acabaram chegando super tarde e a Claudia foi pra casa da Beth sem elas. Confesso que eu dei graças a Deus.
Ficamos em casa, coloquei o Leo pra dormir na cama dele, mas no meio da noite ele veio pro meu quarto. Era meu fds de folga, mas no sábado ele acordou 7 e pouco da manhã. Consegui enrolar ele na cama até quase 8:30h, quando decidi levantar. A Angela já estava de pé. Me arrumei, arrumei ele, dei café pra ele e a Angela e eu ficamos conversando. A Claudia, a Fátima e a Clara ainda estavam dormindo – eu escutei a Claudia chegar durante a madrugada, mas não vi a hora.
A gente havia combinado de ir passear no Cabo da Boa Esperança. Então mesmo na minha folga – e com aquela baita bagunça em casa – decidi ficar para ir junto. Lá pelas 10 e tanto a Fátima e a Clara acordaram e daí começa meu martírio! Aquela menina fala mais do que 10 crianças juntas e a Fátima está mais preocupada com o que o Leo comeu do que com a própria filha. Ela fica me falando que eu tenho que fazer isso, fazer aquilo, dar comida pra ele a cada 3 horas... Fala que ele ta muito magrinho e que ele deve estar desnutrido. Ela é neonatologista e até remédio pra dar pra ele, ela trouxe. Em menos de uma semana ela conseguiu me deixar tão irritada que eu só não mandei ela embora porque não é minha casa. Então eu abria meu sorriso amarelo #3 e só fazia: ãh-hã.
Nessa altura, a Claudia também já estava ficando irritada. Ela me mandou não dar o remédio pro Leo, então todo dia eu jogava um pouco do remédio na pia, pra fazer de conta q eu tava dando pra ele! #SOUMAU

Pra ser honesta nem me lembro que horas que a Claudia acordou nesse dia. Sei que ela estava com fome, então fomos comer pizza antes de irmos ao Cabo da Boa Esperança.

Saímos na correria, com o carro da Fátima – o da Claudia estava no mecânico. Fomos super apertados, o Leo no meu colo, a Clara falando o tempo e o Leo mandando ela ficar quieta, daí ela gritava mais alto e falava pra mãe dela: “mamãe, o Leo não quer deixar eu falar!” Mas acho que a única pessoa que estava confortável com aquele falatório interminável era a própria menina.

Enfim, chegamos! Não tenho palavras – nem fotos – para descrever aquele lugar! Pra ser honesta não consigo encontrar uma única palavra para dizer o quanto aquele lugar é lindo e para expressar a emoção que eu senti estando em um lugar que eu tanto ouvi falar quando estava na escola. E não tenho fotos porque eu acabei “perdendo” meu celular no carro e achei que ele tinha ficado em casa e a máquina da Angela – a “turista japonesa” – acabou a bateria. Mas espero, de verdade, voltar lá novamente e daí prometo que vou tirar algumas fotos!
Ficamos lá pouco tempo porque chegamos muito tarde e aqui tudo fecha muito cedo. Mas pelo menos tenho uma lembrança que eu acho que vou carregar comigo pro resto da minha vida: uma cicatriz na minha perna esquerda!
Logo que estacionamos o carro eu fiquei fascinada com tudo o que eu estava vendo... Elas já estavam próximas a encosta da montanha olhando o mar. Quando vi o mar e a pontinha do Cabo da Boa Esperança que aparece nas fotos que vemos nos livros da escola, fui na direção delas e não notei uma pedra quase da altura do meu joelho. Tropecei na pedra, cai em câmera lenta, sem entender o que estava acontecendo. A Claudia estava na minha frente, me segurei nela e quase derrubei ela também. Ralei minhas duas pernas nessa pedra. Mas não tava doendo muito, daí cai na risada. E elas preocupadas comigo: “olha sua perna, mexe, vê se não quebrou”. Quebrou não, só ralou... E eu acho que a marca vai ficar pro resto da minha vida...

Na volta pra casa foi o mesmo martírio: o Leo no meu colo, a Clara falando, ele mandando ela ficar quieta, ela reclamando pra mãe dela...
A Claudia ainda decidiu fazer um caminho turístico por uma estrada chamada: Chapman’s Peak, valeu a pena! Mesmo com a falação da menina a vista é espetacular e em um certo ponto podemos parar o carro, descer e bater algumas fotos – com o que restou da bateria da máquina da Angela.


Cheguei em casa com dor de cabeça! Mas como era minha folga, larguei todo mundo lá embaixo e vim pro meu quarto. E o Murph decidiu ficar comigo: a minha internet não conectou. Li um pouco e resolvi voltar lá pra baixo. A Angela iria embora na madrugada do domingo e elas iriam levá-la ao aeroporto naquela noite.
Elas combinaram que eu ficaria com as duas crianças. A Claudia colocou o Leo pra dormir, mas a Clara estava bem acordada. Então a Fátima perguntou o que eu iria fazer: eu disse que iria tomar um banho e depois deitar porque estava exausta – a menina queria que eu ficasse com ela, no quarto de visitas. Sorte delas que a Fátima não me pediu isso e conseguiu convencer a Clara – depois que eu emprestei o Ipad do Leo – a ir junto com elas pro aeroporto. PAZ!

Elas chegaram eu já estava quietinha na minha cama e permaneci lá. No domingo acordei meio cedo e fui correndo pro shopping. Acho que eu não aguentaria mais um dia desses! Fui ao Blue Route mesmo e assisti “The girl with the dragon tattoo”, é um filme baseado numa série de livros, mas fiquei com muita raiva porque não entendi nada! Não que eu não entendi o inglês, mas não entendi a história. Muito confusa! Acho que vou ter que ler o livro! HEHE
Voltei pra casa no final do dia e fiquei quietinha no meu quarto.

#VaiCarol

Comentários

  1. Aguardando ansiosamente a parte 2 !!

    Agora, eu fico aqui pensando... Imagina se o Leo fosse igual essa menina? Ou pior: imagina se voce fosse ser nanny dessa menina ????

    Eu hein.... O.o

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  2. Se eu fosse a nanny dessa menina eu não seria mais! KKKK
    Deus sabe o que faz e me colocou em uma família maravilhosa!

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