UAU!

Nem sei por onde começar! Desculpe ficar mais uma vez tanto tempo sem aparecer por aqui, mas a vida aqui anda bem corrida. Nos dias que a Claudia não estava por aqui fizemos muita coisa, não ficamos em casa um só dia... Então deixa eu tentar ir do começo:

Na sexta fomos ao cinema, mas eu já contei isso. No sábado acordamos, tomamos café e o Bow levou a gente pra passear. Passamos pela Lombard Street, uma rua tão íngreme que é toda em zigue-zague. Eu já havia passado por lá com a Claudia, mas dessa vez eu filmei!

Depois fomos pra Coit Tower, uma torre construída em homenagem aos bombeiros que trabalharam e perderam suas vidas após o terremoto e o grande incêndio de 1906. A homenagem foi feita por uma mulher chamada Lillie Hitchcock Coit.



A torre é bem legal fica no topo de um bairro chamado Telegraph Hill e ela em si é toda a atração. Algumas pessoas dizem que o formato dela é de uma mangueira de bombeiros, mas ela parece mesmo um farol bem próximo à orla. Eu quis entrar na torre para descobrir se havia alguma escada ou elevador para chegar no topo e aí tivemos problemas com o Leo. Ele não queria entrar! Começou a chorar achando que era uma “ride” e eu passei a maior vergonha...
Mas a parte de dentro da torre é linda! Mesmo a parte de baixo – eu encontrei o elevador para chegar ao topo, mas era preciso pagar e o Leo tava chorando tanto que eu desisti de ir – é toda cheia de murais decorativos que retratam bem a situação do povo alguns anos após a grande devastação do terremoto.



Depois da torre fomos até um parque em Washington Square e deixamos o Leo brincar um pouco. O Bow havia perguntando se a gente queria almoçar, topamos, e em torno das 14h chegamos ao Tony’s Pizza, próximo a essa praça onde estávamos para almoçar. Nos divertimos bastante, o Bow e o Leo foram para o outro lado da rua para tomar um sol porque eles estavam com frio e eu fiquei na mesa. Pedi uma salada divina e depois veio a pizza que também era muito gostosa.



Saímos de lá e o Bow deixou o Leo e eu na pracinha aqui perto de casa, brincamos um pouco e voltamos pra casa... O resto é repeteco dos outros dias...

O domingo foi um pouco mais chato... Eu conversei com o Bow e havia pensado em ir no museu da família Do Walt Disney que fica em um parque chamado Presidio of San Francisco. O parque tem esse nome porque serviu de base militar por muitos anos e há alguns anos foi convertido em parque aberto ao público, o parque tem 1480 acres e mais de 500 prédios históricos. Ele em si já vale a pena, mas eu já tinha passado por lá com a Claudia e o valor da entrada do museu da Disney não valia a pena, daí desisti e falei pro Bow que queria ir pro Golden Gate Park pra gente brincar por lá.
Mas a minha comunicação com o Bow às vezes é deficiente e outras vezes ele realmente esquece o que a gente falou ou combinou. Daí ele acabou passeando com a gente por um monte de lugares – que eu já havia passado com a Claudia. Mesmo assim não falei nada e ficamos andando pela cidade. Quando chegamos ao parque do Presidio eu falei pra ele que não iríamos ao Museu da Disney, que eu tinha falado pra ele que queria ir ao Golden Gate Park... Demos meia volta e fomos pro Golden Gate Park. E o Leo perguntando onde tava o parque pra gente brincar... E a gente rodando dentro do carro. Acho que rodamos umas duas horas, atravessamos o Golden Gate Park de um lado ao outro e viemos pra casa. O Leo ainda queria ir ao parque, então fomos no parquinho aqui perto de casa.
E como eu havia prometido sorvete pra ele, depois do parquinho saímos andando pra procurar um lugar que vendesse sorvete, mas acabamos chegamos no museu do Cable Car. Foi bem legal, entramos e nos divertimos um pouco. A história dos Cable Car é bem triste, a sensação é que muita coisa aqui em SF gira em torno do grande terremoto de 1906. Não que em 1989 não tenha sido grande também, mas acho que o de 1906 foi mais devastador.
E uma das coisas que foi completamente destruída com o terremoto de 1906 foram os Cable Car. Depois de alguns anos somente 3 linhas foram refeitas e hoje levam os turistas de “nada à lugar nenhum”. Tudo bem que eles ajudam nas subidas mais íngremes aqui de perto de onde estamos, mas a passagem é US$6,00 e eu prefiro andar a pé mesmo!

Ah, depois do museu tomamos sorvete.

Segunda-feira dia da Claudia chegar, acordamos, tomamos café, almoçamos, brincamos um pouco no parque aqui perto de casa e fomos buscá-la. Ela chegaria em torno das 7:30h da noite. Depois de pegá-la fomos jantar em outro restaurante, bem legal, com muita coisa mencionando Frank Sinatra, mas o Leo estava com fome, cansado e começou a ficar birrento e chato. A Claudia e eu levamos ele pra fora do restaurante ele e já estava gritando e chorando. Depois de um tempo ela entrou porque ele estava super irritado com ela e eu fiquei com ele. Consegui fazer com que ele se acalmasse, entramos de novo no restaurante e tudo transcorreu em paz. Comemos e voltamos pra casa.

Bom, na ida pro restaurante havia uma rua fechada com carro de polícia, bombeiros e até uma estação de TV. Ficamos curiosos, mas a fome era maior, estacionamos e seguimos a pé pro restaurante. Duas horas depois, quando estávamos voltando pro carro a bagunça toda ainda estava por lá e eu falei pra Claudia perguntar pro povo o que estava acontecendo. Ela perguntou. Uma mulher falou que um cara havia sido peso porque bateu ou matou outro cara, não lembro, e confessou que havia matado outra pessoa e que o corpo estava no apartamento dele.
A polícia baixou lá e embora não tenha encontrado corpo nenhum, encontrou um monte de artefatos pra produção de bomba. A polícia evacuou o prédio, fechou a rua e deixou todos os moradores plantados no meio da rua até terminarem de fazer seja-lá-o-que-estavam-fazendo. Não deu pra terminar de ouvir a história da mulher porque o Bow começou a puxar a Claudia pra gente ir embora.

O resto da semana passou sem maiores divertimentos, na maior parte do tempo ficamos entre o parque aqui perto e aqui em casa. Passeamos um pouco, mas nada relevante e nenhum lugar legal que mereça destaque...
O destaque vem pra sexta-feira. A Claudia sugeriu que eu levasse o Leo pra passear em dois pontos turísticos aqui de SF, o Fishermans Wharf e o Pier 39. Os dos lugares são áreas turísticas, cheio de lojas, com alguns museus e leões marinhos pra gente ver. Então para completar o “dia de turista”, a Claudia deu dinheiro pra gente ir de Cable Car.
E a aventura começou já tentando pegar o Cable Car. Fomos pra Powell St, a rua atrás de onde estamos, e passaram uns 3 ou 4 Cable Cars lotados até a gente conseguir entrar em um. Depois que entramos o Leo adorou e fomos conversando o trajeto todo que nem é tão longo assim.



Passamos umas 3 horas por lá e eu nem vi o tempo passar, fomos ao Musee Mecanique, uma das maiores coleções particulares de instrumentos musicais mecânicos e de arcade (fliperama) que utilizam moedas em suas condições originais de uso e você pode brincar com eles. O Leo se esbaldou por lá, eu troquei US$1,00 e deixei ele brincar em alguns brinquedos. Tinha até uma plataforma com o Enduro do Atari pra jogar!



Depois fomos pro Pier 39 e andamos pra caramba! Vimos Leões Marinhos e há tantas lojas e coisas pra fazer que a gente se perde. É do Pier 39 que saem os barcos com destino à Alcatraz.



Nos divertimos bastante por lá e quando notei a hora já era hora de irmos embora porque eu havia combinado de encontrar o Bow às 6:30h no Tony’s Pizza pra gente jantar. Começamos a subir e eu estava meio perdida, peguei o mapa e consegui me localizar. Fomos subindo até chegar na Washington Square e de lá eu sabia o que fazer. Deixei o Leo brincar por uns 15 minutos – porque ainda faltavam 10 minutos pra hora combinada com o Bow e depois fomos pro restaurante.
Não preciso falar que o Tony’s pizza é meu restaurante favorito aqui em SF, né? Atendimento excelente, comida maravilhosa e aquela salada divina que eu já tinha comido outro dia. Ruim é que estava lotado porque começou o US Open – um campeonato de golf – aqui na cidade e todo mundo resolveu sair pra jantar na mesma hora. Esperamos quase 1:30h até chamarem nosso nome. Mas valeu a pena!

Chegamos em casa 9:30h da noite, banho-banho, dente-dente, cama-cama. O Leo estava mortinho e eu também. Sinceramente acho que dormi primeiro que ele. Mas acordei quando a Claudia chegou, a gente começou a conversar e eu perdi o sono! Justo nesse final de semana que é meu último final de semana aqui em SF e ainda é meu fim de semana de folga... Acabei decidindo que eu ia no cinema no sábado de manhã porque estaria muito cansada e com sono. Então acordei em torno das 9h, o Leo acordou em seguida e a Claudia – que também teve crise de insônia – também. Ela me dissuadiu da ideia de ir ao cinema e eu topei ir conhecer o bairro hippie aqui de SF. Mas isso é história pra outro post!

#VaiCarol

Comentários

  1. AHAHAH ... O Léo já tá naquela fase de perguntar "why...?" de tudo!!! Que gracinha ele falando portugues e ingles perfeitinho! :P

    Tadinho ele morrendo de medo da Fat Lady (que nem era tão "fat" assim vá...)

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    Respostas
    1. É, ele é fofo sim! E a fase do por quê tá desde que eu cheguei e parece que ao invés de melhorar tem piorado... =/
      Quanto aos idiomas, ele fala os dois muito bem, mas ele prefere o inglês.

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