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Bom, depois de uma noite insone, aproveitei mais do que eu esperava.

No sábado fui pro bairro hippie de San Francisco e atravessei toda a Haight Street. E isso é muito mais do que uma rua, é uma lenda! Porque nessa rua, pra ser exata, na esquina entre Haight Street & Ashbury Street começou o movimento hippie, o mesmo que influenciou bandas como Beatles e foi responsável pelo maior show que já aconteceu no mundo: Woodstock. Em uma esquina “comum” de San Francisco teve início um movimento que mudaria a história mundial e eu estive lá!



Bom, mas vamos do começo: saímos de casa logo depois do almoço. Pra ser honesta eu havia planejado almoçar por lá, mas tava todo mundo comendo aqui em casa, eu estava com fome e decidi comer também, então não almocei por lá. A Claudia estava de saída e me deu uma carona e me deixou no comecinho da rua e como ela fez em outros momentos aqui em San Francisco, ela me disse quais eram os melhores lugares onde eu deveria aproveitar e me falou como voltar pra casa sozinha.

A rua por onde eu passei parece que parou no tempo! Os murais nas paredes, as lojas e até as pessoas te levam para outro momento da história. Se não fossem os carros e o monte de turistas por lá eu poderia jurar que estava de volta às décadas de 1960 e 1970. A sensação é incrível!



Sem falar em coisas inusitadas como uma loja de onde saem as pernas de uma mulher gigante vestindo uma meia arrastão e uma loja de maconha(!!), sim a maconha para uso medicinal é permitida aqui no estado da California, ou seja, se você tiver uma receita médica pode, literalmente, comprar maconha na esquina.



Bom, mas eu estava realmente exausta e ainda era meio cedo pra voltar pra casa e eu estava apenas na metade do caminho que eu deveria percorrer nesse passeio. E no meio do passeio havia uma praça, não tive dúvidas e fiz como todo mundo por aqui faz: fui pro gramado da praça, deitei no sol usando minha mochila como travesseiro e fiquei lendo. Quando o sono bateu pesado só fechei o livro e tirei um cochilo de uma meia hora, foi revigorante!



Continuei meu passeio, tomei um sorvete já que eu não iria almoçar e vi mais coisas legais, inclusive duas garotas de uns 20 e poucos anos passeando com um cachorrinho em um carrinho de bebê(!!) e o cachorrinho todo fofinho e confortável aproveitando a carona. Eu queria ter tirado uma foto, mas fiquei com vergonha de pedir pra elas...

Não tenho muito o que falar desse passeio porque é tudo muito subjetivo, é uma sensação incrível de estar em um lugar que faz parte da história mundial. A única tristeza é não ter nascido antes para realmente testemunhar tudo o que aconteceu por lá.

Ah, pra quem quer saber: sim, eu senti cheiro de maconha por lá e mais de uma vez, mas também havia muito incenso e uma energia super boa fluindo dos lugares. Acho que por fazer parte do início do movimento hippie a energia daquele lugar é limpa, você tem a sensação de liberdade e de que tudo que você quer, você vai conseguir. A gente esquece da opressão do dia-a-dia, das responsabilidades e só fica com aquela sensação de bem estar. E respondendo novamente sua pergunta: não, eu não fumei maconha nem usei nenhum tipo de droga! É só a pureza da energia das pessoas que passaram por aquele lugar desejando somente paz e amor.



Voltei pra casa e, embora fosse meu fim de semana de folga, a Claudia havia me dado uma folga durante a semana e pediu se eu podia trocar essa folga pelo sábado a noite, pra ela ir a um show.
Então cheguei em casa em torno das 17:30h – a hora que ela me pediu pra chegar – ela terminou de se arrumar, foi pro show e eu fiquei com o Leo em casa. Fiz hambúrguer de salmon pra ele jantar e coloquei ele sentadinho na mesa.
E ele me pediu pra colocar catchup por cima dos hambúrgueres. Em um só fiz um montinho de catchup e no outro resolvi fazer uma carinha feliz, já que crianças adoram isso. Fiquei toda orgulhosa com a minha ideia achando que ele fosse comer tudo, deixei ele comendo e fui fazer outras coisas. Alguns minutos depois ele me chamou, com lágrimas nos olhos, falando que não podia comer a “cara feliz”. Ele estava morrendo de tristeza por ver aquela cara feliz de catchup em um hambúrguer sabendo que teria que comer aquilo!
Depois de algum tempo consegui acalmar ele, ele acabou comendo só o hambúrguer sem a cara feliz e me fez guardar a cara feliz na geladeira. Hoje de manhã contei pra Claudia sobre isso e quando ela perguntou pra ele do jantar ontem, ele quase começou a chorar de novo...
Às vezes ele se preocupa tanto com as pessoas e as coisas que prefere passar fome à comer alguma coisa que ele imagine que possa sentir dor... Tem como não amar esse menino?

#VaiCarol

Comentários

  1. Pra quem dizia que não gostava de cheiro de incenso, até que passou a gostar rapidinho né? Eu imagino que as ruas aí, principalmente desse "pedacinho" que voce andou devem ser mega cheirosas ...

    Ah, e voce pode até não ter fumado maconha, mas deve ter aspirado tanta fumaça dos outros por tabela que sem duvida deu um "grauzinho" ihihih

    E acho bom voce anotar no seu caderninho de dicas para o Leo: JAMAIS FAZER BATATA SORRISO!!

    ihihhihihih !!!

    xD

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    Respostas
    1. Nem... só uma loja ou outra tem incenso... e eu nem entrei em todas... Se tivesse entrado em todas teria chegado em casa só no domingo...

      E quanto a batata sorriso, valeu a dica! Ri sozinha! Não tinha pensado nisso! KKKKKKK

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