Visitas + passeio + volta às aulas
Segunda eu estava bem preocupada com relação a reação da Claudia por causa do carro. Também estava preocupada se o carro ainda estaria no posto, que algum guarda não tivesse multado ele. Sei lá... Me passaram muitas coisas pela cabeça.
Mas eu acho que o Murph resolveu “ajudar” outra pessoa, graças a Deus. A reação da Claudia foi além do que eu esperava, ela simplesmente me disse: “nossa, ainda bem que não fomos ao nosso passeio com esse carro! E vamos tentar, quem sabe hoje ele pega. Ele sempre pega melhor na primeira vez que tento ligar ele no dia.” Fomos ao posto e o carro estava lá do jeitinho que deixamos e funcionou. Voltamos, eu estava dirigindo o carro que a Angela alugou aqui e a Claudia no dela.
A Claudia saiu na frente e eu nem vi a direção que ela tomou. Eu não sabia direito como sair de Claremont. Então fiquei rodando até encontrar a saída. Eu tinha o senso de direção. Sabia, mais ou menos pra onde ir, mas não tinha certeza. Pra “piorar” a Fátima estava do meu lado e ficava gritando a cada 10 segundos: olha o carro! Olha o semáforo! Olha o poste! E o que mais ela visse na frente dela. Isso foi me deixando tão nervosa que eu acabei não vendo mais nada e bati o retrovisor do lado do passageiro do carro com o retrovisor de um carro que estava estacionado. Ela só falou: “não para, vai, vai, vai!” E eu fui. Achei a saída de Claremont.
Quando chegamos em casa, dei uma olhada no carro e não tinha acontecido nada. Menos pior.
Na terça-feira, 17/01, fomos ao Blue Route porque no sábado a noite uma máquina de autoatendimento bancário engoliu o cartão da Fátima. Então precisávamos ir ao banco para ver se o cartão havia sido recolhido e se estava lá. Chegamos no banco, eu entrei com a Fátima e as duas crianças. Conversei com a menina do banco, preenchemos uma ficha e ela falou que em até 5 dias entraria em contato informando se encontraram o cartão ou não. Acabamos passando a tarde lá e não fizemos nada de especial.
Na quarta-feira, 18/01, foi o primeiro dia de aula do Leo. Haveria uma espécie de “welcome” pras crianças então os pais também foram convidados e a “aula” seria das 10h às 11h. Encontrei com a Claudia na porta da escola, entramos, conhecemos a nova professora dele. Havia uma mesa no pateo com água e suco para os pais. Nós ficamos com o Leo na sala por meia hora e depois disso a professora pediu para que os pais saíssem e deixassem as crianças. O Leo não queria ficar. Ele queria a antiga professora dela.
Deixamos o Leo na sala e logo depois a Claudia foi embora – ela estava trabalhando – às 11h peguei o Leo e fomos visitar a antiga professora dele. Ela é um amor. Pegou ele, beijou, perguntou das férias. Ela é muito carinhosa.
Voltando da escola, a moça do banco me ligou dizendo que havia encontrado o cartão da “minha mãe” e que estava lá no banco.
Às quartas a tarde o Leo tem natação, então o Leo e eu não iríamos sair com a Angela, a Fatima e a Clara. A Claudia e eu passamos as orientações pra elas de como chegar em Waterfront para ir ao aquário e eu falei para elas passarem no Blue Route para pegar o cartão.
Elas acabaram não indo pra Walterfront e ficaram só no Blue Route mesmo. Então combinamos de ir ao aquário na quinta.
Quinta-feira foi o primeiro dia de aulas do Leo. Claro que ele não queria ir pra escola. Ficou enrolando e não tomou café da manhã direito, mas mesmo assim levei pra escola. Depois que ele está lá, ele se diverte e fica bem. O difícil é tirar ele de casa.
Em casa compramos as entradas pro aquário e ao meio dia e meia fui buscá-lo na escola. Voltamos pra casa, almoçamos e fomos passear. Novamente ele não queria ir, mas ele adorou o aquário.
O passeio foi gostoso, mas eu passei muita vergonha com a filha da Fátima, a Clarinha. Ela tem 7 anos – completa 8 em fevereiro – mas é pior que uma criança de 4 anos. Mexe em tudo, faz birra, grita e esperneia quando a mãe não faz uma das suas vontades. E a mãe se desdobra pra fazer todas as vontades da menina. Mas saímos do aquário as 18h – no horário de fechar – e na parte externa do Walterfront tem muitos brinquedos tipo carrossel e pula-pula só que os brinquedos também estavam fechados. E a menina começou a berrar que queria ir nos brinquedos, ficou esperneando e gritando.
Até o Leo ficou com vergonha! Ele me falava: por que a Clarinha está triste? Por que ela está brava? E eu não sabia o que responder... Não dava pra falar pra ele, na frente delas, que a menina estava fazendo birra.
Pior que isso não é só na rua, é em qualquer lugar, ela passa o dia todo gritando com a mãe, reclamando de tudo, choramingando. Ontem ela pisou no meu pé e eu falei – gente eu juro que eu só falei – “ai, Clarinha” e ela foi choramingar pra mãe com aquela voz irritante: “mamãe a Carol falou ai Clarinha, mas eu não fiz nada! Fala pra ela pedir desculpas pra mim.” A sorte delas – e minha também – é que a mãe não me falou nada.
A noite estávamos todos cansados. O Leo jantou um pouco melhor e quando eu fui pegar ele pra tomar banho, ele deu um pulo e bateu a cabeça no meu queixo. Eu vi estrelas! As lágrimas começaram a sair dos meus olhos. Doeu muito! A Claudia estava com a gente e falou pra ele pedir desculpas, mas ele não queria. Depois que dor melhorou um pouco eu fui conversar com ele e ele acabou me pedindo desculpas. Ele dormiu logo, eu também estava exausta. Um pouquinho de net, ontem funcionou um pouco e depois de um tempo caiu. Aproveitei e dormi.
E pela segunda vez desde que eu cheguei aqui o Leo passou uma noite inteira na cama dele.
Meu relógio tocou hoje 6:55h, me arrumei, acordei ele. Novamente ele não queria ir pra escola, mas fomos.
A Angela, a Fatima e a Clara foram pra Walterfront novamente. Hoje elas vão conhecer a Robben Island – o lugar onde o Mandela ficou preso. A noite tem uma festa do pessoal do consulado na casa da Beth e pro meu azar as três – Claudia, Angela e Fátima – vão. Não sei o que eu vou fazer sozinha com essa menina aqui em casa. Pra piorar minha situação a Fátima falou pra ela que eu vou fazer todas as vontades dela. Vai esperando!
Em todo caso desejem-me sorte. Se eu sobreviver, depois conto pra vocês como foi.
#VaiCarol
Mas eu acho que o Murph resolveu “ajudar” outra pessoa, graças a Deus. A reação da Claudia foi além do que eu esperava, ela simplesmente me disse: “nossa, ainda bem que não fomos ao nosso passeio com esse carro! E vamos tentar, quem sabe hoje ele pega. Ele sempre pega melhor na primeira vez que tento ligar ele no dia.” Fomos ao posto e o carro estava lá do jeitinho que deixamos e funcionou. Voltamos, eu estava dirigindo o carro que a Angela alugou aqui e a Claudia no dela.
A Claudia saiu na frente e eu nem vi a direção que ela tomou. Eu não sabia direito como sair de Claremont. Então fiquei rodando até encontrar a saída. Eu tinha o senso de direção. Sabia, mais ou menos pra onde ir, mas não tinha certeza. Pra “piorar” a Fátima estava do meu lado e ficava gritando a cada 10 segundos: olha o carro! Olha o semáforo! Olha o poste! E o que mais ela visse na frente dela. Isso foi me deixando tão nervosa que eu acabei não vendo mais nada e bati o retrovisor do lado do passageiro do carro com o retrovisor de um carro que estava estacionado. Ela só falou: “não para, vai, vai, vai!” E eu fui. Achei a saída de Claremont.
Quando chegamos em casa, dei uma olhada no carro e não tinha acontecido nada. Menos pior.
Na terça-feira, 17/01, fomos ao Blue Route porque no sábado a noite uma máquina de autoatendimento bancário engoliu o cartão da Fátima. Então precisávamos ir ao banco para ver se o cartão havia sido recolhido e se estava lá. Chegamos no banco, eu entrei com a Fátima e as duas crianças. Conversei com a menina do banco, preenchemos uma ficha e ela falou que em até 5 dias entraria em contato informando se encontraram o cartão ou não. Acabamos passando a tarde lá e não fizemos nada de especial.
Na quarta-feira, 18/01, foi o primeiro dia de aula do Leo. Haveria uma espécie de “welcome” pras crianças então os pais também foram convidados e a “aula” seria das 10h às 11h. Encontrei com a Claudia na porta da escola, entramos, conhecemos a nova professora dele. Havia uma mesa no pateo com água e suco para os pais. Nós ficamos com o Leo na sala por meia hora e depois disso a professora pediu para que os pais saíssem e deixassem as crianças. O Leo não queria ficar. Ele queria a antiga professora dela.
Deixamos o Leo na sala e logo depois a Claudia foi embora – ela estava trabalhando – às 11h peguei o Leo e fomos visitar a antiga professora dele. Ela é um amor. Pegou ele, beijou, perguntou das férias. Ela é muito carinhosa.
Voltando da escola, a moça do banco me ligou dizendo que havia encontrado o cartão da “minha mãe” e que estava lá no banco.
Às quartas a tarde o Leo tem natação, então o Leo e eu não iríamos sair com a Angela, a Fatima e a Clara. A Claudia e eu passamos as orientações pra elas de como chegar em Waterfront para ir ao aquário e eu falei para elas passarem no Blue Route para pegar o cartão.
Elas acabaram não indo pra Walterfront e ficaram só no Blue Route mesmo. Então combinamos de ir ao aquário na quinta.
Quinta-feira foi o primeiro dia de aulas do Leo. Claro que ele não queria ir pra escola. Ficou enrolando e não tomou café da manhã direito, mas mesmo assim levei pra escola. Depois que ele está lá, ele se diverte e fica bem. O difícil é tirar ele de casa.
Em casa compramos as entradas pro aquário e ao meio dia e meia fui buscá-lo na escola. Voltamos pra casa, almoçamos e fomos passear. Novamente ele não queria ir, mas ele adorou o aquário.
O passeio foi gostoso, mas eu passei muita vergonha com a filha da Fátima, a Clarinha. Ela tem 7 anos – completa 8 em fevereiro – mas é pior que uma criança de 4 anos. Mexe em tudo, faz birra, grita e esperneia quando a mãe não faz uma das suas vontades. E a mãe se desdobra pra fazer todas as vontades da menina. Mas saímos do aquário as 18h – no horário de fechar – e na parte externa do Walterfront tem muitos brinquedos tipo carrossel e pula-pula só que os brinquedos também estavam fechados. E a menina começou a berrar que queria ir nos brinquedos, ficou esperneando e gritando.
Até o Leo ficou com vergonha! Ele me falava: por que a Clarinha está triste? Por que ela está brava? E eu não sabia o que responder... Não dava pra falar pra ele, na frente delas, que a menina estava fazendo birra.
Pior que isso não é só na rua, é em qualquer lugar, ela passa o dia todo gritando com a mãe, reclamando de tudo, choramingando. Ontem ela pisou no meu pé e eu falei – gente eu juro que eu só falei – “ai, Clarinha” e ela foi choramingar pra mãe com aquela voz irritante: “mamãe a Carol falou ai Clarinha, mas eu não fiz nada! Fala pra ela pedir desculpas pra mim.” A sorte delas – e minha também – é que a mãe não me falou nada.
A noite estávamos todos cansados. O Leo jantou um pouco melhor e quando eu fui pegar ele pra tomar banho, ele deu um pulo e bateu a cabeça no meu queixo. Eu vi estrelas! As lágrimas começaram a sair dos meus olhos. Doeu muito! A Claudia estava com a gente e falou pra ele pedir desculpas, mas ele não queria. Depois que dor melhorou um pouco eu fui conversar com ele e ele acabou me pedindo desculpas. Ele dormiu logo, eu também estava exausta. Um pouquinho de net, ontem funcionou um pouco e depois de um tempo caiu. Aproveitei e dormi.
E pela segunda vez desde que eu cheguei aqui o Leo passou uma noite inteira na cama dele.
Meu relógio tocou hoje 6:55h, me arrumei, acordei ele. Novamente ele não queria ir pra escola, mas fomos.
A Angela, a Fatima e a Clara foram pra Walterfront novamente. Hoje elas vão conhecer a Robben Island – o lugar onde o Mandela ficou preso. A noite tem uma festa do pessoal do consulado na casa da Beth e pro meu azar as três – Claudia, Angela e Fátima – vão. Não sei o que eu vou fazer sozinha com essa menina aqui em casa. Pra piorar minha situação a Fátima falou pra ela que eu vou fazer todas as vontades dela. Vai esperando!
Em todo caso desejem-me sorte. Se eu sobreviver, depois conto pra vocês como foi.
#VaiCarol
Credo! Nossa, BOA SORTE MESMO !!!!
ResponderExcluirDepois conta pra gente se as técnicas de super nanny funcionaram tbm pra essa menina aí... ihihihh
Bjs!!