O que era pra ser uma alegria...
Virou um tormento!
Mas deixa eu começar do começo: o apartamento que estamos é ótimo! 17° andar, pertinho da Av. Paulista, da Rua Augusta, da Av. Nove de Julho, na rua paralela com a Oscar Freire, próximo ao Parque do Ibirapuera e sem falar que é um apartamento por andar. Realmente não sei o que mais poderíamos querer. Aliás, sei sim: uma pintura!
Embora o apartamento seja perfeito, é um prédio antigo, basicamente sem sacada e veio todo pintado de branco! Parece hospital! Daí eu dei a ideia pra Claudia de comprarmos tinta e pintamos pelo menos uma parede do quarto do Leo. Ela gostou da ideia, alguns dias depois ela viu no Groupon uma oferta de uma empresa de pintores e comprou dois cupons somando 130m² de pintura para o apartamento!!
Ficamos super empolgadas! Afinal seria um trabalho profissional, bem melhor do que se a gente mesma tentasse fazer. Escolhemos as cores, fizemos testes no site da Suvinil, compramos as tintas e todo o material necessário que a empresa de pintura exigiu. Liguei na empresa e agendei a visita dos “técnicos” para a pintura do apartamento na terça, 24, antes da chegada do Leo. E foi aí que o meu tormento começou...
Na terça acordei cedo, saí pra passear com a Ruby, desmarquei com a Carol (que ficou de vir aqui para eu ajudá-la com a tradução de um artigo pra pós dela) e fiquei esperando o pintor. A empresa me falou que ele chegaria entre 8h e 10h. Às 11:15h eu comecei a ligar para a empresa AllianceTec e só dava ocupado. Consegui falar com eles quase meio dia e descobri que a visita havia sido adiada por um problema do técnico naquela data, mas que o técnico viria para realizar a pintura do meu imóvel no dia seguinte.
Na quarta-feira o pintor chegou somente às 11:15h da manhã. Falou que iria almoçar e que em torno das 12:30h ele iniciaria o trabalho. Como eu não tinha muitas opções, concordei com a situação e ele ficou até em torno das 20h para terminar de pintar o quarto do Leo.
O quarto do Leo deveria ser pintado de duas cores, azul escuro no teto e um azul mais claro nas paredes, eu tive que repetir essa informação para ele por, no mínimo, 10 vezes. Mas ainda prefiro assim do que se ele fizesse errado...
A Claudia chegou, jantamos e só depois o menino – que não tinha cara de mais de 20 anos – foi embora. Depois que ele saiu resolvi dar uma olhada no quarto do Leo e não gostei do que eu vi. Ele não removeu nem os espelhos das tomadas para pintar, mas como a Claudia parecia satisfeita não comentei nada.
Como ele não terminou de pintar os 130m² que compramos, nós combinamos que ele voltaria no dia seguinte. Na quinta-feira ele chegou no horário combinado acompanhado de outro garoto que me apresentou como sendo seu irmão. Falei com eles sobre alguns defeitos que a Claudia pediu que fossem consertados – inclusive uma marca de pegada no carpete do chão do quarto do Leo – e eles falaram que fariam tudo o que eu pedi. Mas não fizeram.
Ele também me apresentou 3 medidas diferentes pro tamanho do quarto do Leo, sendo elas, respectivamente: 48m², 50m² e 73m². Eu já não acreditei na primeira medida, mas quando ele me falou que o quarto do Leo tinha 73m² foi a gota d’água. Ele me questionou se eu queria que ele medisse novamente, na minha frente e eu falei pra ele esperar a Claudia chegar que faríamos as medidas todos juntos.
Nesse meio-tempo eles foram pintar o quarto da Claudia e disseram que o quarto dela media 76m², portanto nós ultrapassaríamos em 19m² do valor contratado e teríamos que pagar a diferença. Eu mandei seguir com a pintura porque sabia que o valor era absurdo. Gente, o apartamento é grande, enorme! Mas nem o quarto da Claudia – o maior da casa – tem esse tamanho. Isso é maior que apartamentos de 3 dormitórios com suíte e sacada que as construtoras estão comercializando hoje em dia!
Mas o pior ainda estava por vir! Quando entrei no quarto da Claudia para “conferir” o serviço quase desmaiei! O quarto da Claudia deveria ser pintado de duas cores diferentes: uma parede de um tom mais escuro e as demais com uma cor clara. Do tom escuro eu só tinha uma lata pequena de tinta, mas quando entrei no quarto ele estava pintando todas as paredes do quarto com aquele tom escuro – sem questionar a pequena quantidade de tinta. Falei para ele que eu havia ressaltado que aquela cor restringia-se a apenas uma parede, ele se descontrolou e quase gritou comigo dizendo que eu não havia falado nada para ele. Acontece que eu havia falado com ele por 3 vezes antes deles começarem a pintura.
O mais incrível é que eu segurei a onda e não respondi pro menino, falando tudo o que ele merecia ouvir. Em contrapartida liguei na empresa dele e meti a boca! A menina que conversou comigo pediu pra falar com ele e eu só escutava assim: “ta, eu sei que sou nervoso, mas não... não fiz isso! Você acha que eu faria isso? Não, não fui mal educado com ela”. Então ele saiu pisando duro e veio falar comigo, perguntando se eu falei que ele tinha sido mal educado comigo e eu confirmei. Ele simplesmente me olhou e falou: “então desculpa” e voltou pro telefone.
A Claudia chegou em torno das 17h – eu já havia deixado ela informada por telefone quase tudo o que estava acontecendo – e junto com ela, ela trouxe um papel onde orientava como calcular metros quadrados. O menininho não aceitou os valores que medimos – o quarto do Leo deu 40,23m² (porque também pintamos o teto) – e pra piorar não quis nem ler o papel alegando que era analfabeto! Depois disso ele começou a falar alguns desaforos e eu, como não sou de ferro, resolvi retrucar...
Quando ele falou que era analfabeto eu respondi: “nossa, e como você faz contas se não aprendeu a ler?” E ele: “é que números são mais fáceis”. Daí eu não resisti e soltei um: “ta bom, meu filho, conta outra. Você pode tentar enganar ela, que é gringa, mas eu sou brasileira, você não me enrola não!” e ele ficou sem resposta.
Outra hora foi quando ele tentou contestar novamente as medidas que tiramos do quarto da Claudia e eu perguntei pra ele: “até que série você estudou?”, ele: “ah, nem sei”, eu: “então presta atenção: eu e ela fizemos até faculdade, você vai mesmo querer discutir isso com a gente?”. Ele começou a ratear e eu falei: “ta vendo? É por isso que você ta pintando paredes e eu to dando as ordens!” Juro que não resisti, eu precisava falar isso!
No mais, tentei não humilhar muito mais ele. Mas acabei ligando novamente pra empresa, falei com um cara que aparenta ser o proprietário, ele me pediu desculpas e falou que mandaria outro técnico para terminar o serviço depois que eu falei que não queria mais esse “rapaz” aqui em casa.
Pior é que o menino foi ficando com tanto medo da gente que começou a falar que queria ir embora, que tava na hora dele e coisas do tipo. Daí eu olhei pra ele e pra bagunça que os quartos da Claudia e do Leo estavam e falei: “mas você vai deixar isso tudo assim?”. Então eles fizeram de conta que arrumaram as coisas e depois de uma meia hora saíram largando os dois quartos completamente bagunçados, o tanque entupido e todo o material que eles usaram, jogado.
Sem falar que eles se trancaram por uns 15 minutos no quarto do Leo porque ele assumiu, sem nenhuma indicação da minha parte, que poderia utilizar o quarto do Leo como sua “área pessoal”, utilizando o banheiro do quarto e chegou a trancar a porta do quarto – com as coisas do Leo lá dentro – sendo que temos o quarto e o banheiro de empregada que ele poderia ter utilizado para esse fim. E eu ainda nem falei que a pintura que ele fez foi sem nenhuma qualidade e de forma amadora. Se eu tivesse pintado ficaria melhor do que ele fez. Entre outras coisas, ele não retirou nenhum espelho dos interruptores e tomadas de energia elétrica e depois não retirou a fita adesiva que utilizou para “proteger” os espelhos e tomadas de energia...
Ah! Nem vou falar mais nada porque esse assunto já deu!
O bom é que quando eu acordei hoje havia um email do controle de qualidade da empresa dele falando que seria aberto um processo para verificar o ocorrido. Mas como eu sou eu, ontem eu havia escrito um email gigantesco para enviar hoje de manhã, então aproveitei o email deles que eu recebi, respondi com o meu – falando muito mais do que eu escrevi aqui no post – e com muitas fotos do “serviço” realizado que eu prefiro não postar aqui pra não ficar relembrando desse pesadelo!
Enfim, acordei hoje com a maior cólica e ainda tive que organizar todo o apartamento, montar novamente os quartos do Leo e da Claudia – porque, com exceção das camas – não havia mais nada dentro dos quartos e eu queria deixar o quartinho do Leo gostoso porque ele voltaria hoje... Mas ainda não foi hoje... Parece que o Marcelo vem amanhã...
Agora vou dormir... Essa semana foi terrível pra mim! E na quarta-feira da semana que vem as aulas do Leo começam e eu vou pra escola com ele... Mas isso é assunto pra outro post...
#VaiCarol
Mas deixa eu começar do começo: o apartamento que estamos é ótimo! 17° andar, pertinho da Av. Paulista, da Rua Augusta, da Av. Nove de Julho, na rua paralela com a Oscar Freire, próximo ao Parque do Ibirapuera e sem falar que é um apartamento por andar. Realmente não sei o que mais poderíamos querer. Aliás, sei sim: uma pintura!
Embora o apartamento seja perfeito, é um prédio antigo, basicamente sem sacada e veio todo pintado de branco! Parece hospital! Daí eu dei a ideia pra Claudia de comprarmos tinta e pintamos pelo menos uma parede do quarto do Leo. Ela gostou da ideia, alguns dias depois ela viu no Groupon uma oferta de uma empresa de pintores e comprou dois cupons somando 130m² de pintura para o apartamento!!
Ficamos super empolgadas! Afinal seria um trabalho profissional, bem melhor do que se a gente mesma tentasse fazer. Escolhemos as cores, fizemos testes no site da Suvinil, compramos as tintas e todo o material necessário que a empresa de pintura exigiu. Liguei na empresa e agendei a visita dos “técnicos” para a pintura do apartamento na terça, 24, antes da chegada do Leo. E foi aí que o meu tormento começou...
Na terça acordei cedo, saí pra passear com a Ruby, desmarquei com a Carol (que ficou de vir aqui para eu ajudá-la com a tradução de um artigo pra pós dela) e fiquei esperando o pintor. A empresa me falou que ele chegaria entre 8h e 10h. Às 11:15h eu comecei a ligar para a empresa AllianceTec e só dava ocupado. Consegui falar com eles quase meio dia e descobri que a visita havia sido adiada por um problema do técnico naquela data, mas que o técnico viria para realizar a pintura do meu imóvel no dia seguinte.
Na quarta-feira o pintor chegou somente às 11:15h da manhã. Falou que iria almoçar e que em torno das 12:30h ele iniciaria o trabalho. Como eu não tinha muitas opções, concordei com a situação e ele ficou até em torno das 20h para terminar de pintar o quarto do Leo.
O quarto do Leo deveria ser pintado de duas cores, azul escuro no teto e um azul mais claro nas paredes, eu tive que repetir essa informação para ele por, no mínimo, 10 vezes. Mas ainda prefiro assim do que se ele fizesse errado...
A Claudia chegou, jantamos e só depois o menino – que não tinha cara de mais de 20 anos – foi embora. Depois que ele saiu resolvi dar uma olhada no quarto do Leo e não gostei do que eu vi. Ele não removeu nem os espelhos das tomadas para pintar, mas como a Claudia parecia satisfeita não comentei nada.
Como ele não terminou de pintar os 130m² que compramos, nós combinamos que ele voltaria no dia seguinte. Na quinta-feira ele chegou no horário combinado acompanhado de outro garoto que me apresentou como sendo seu irmão. Falei com eles sobre alguns defeitos que a Claudia pediu que fossem consertados – inclusive uma marca de pegada no carpete do chão do quarto do Leo – e eles falaram que fariam tudo o que eu pedi. Mas não fizeram.
Ele também me apresentou 3 medidas diferentes pro tamanho do quarto do Leo, sendo elas, respectivamente: 48m², 50m² e 73m². Eu já não acreditei na primeira medida, mas quando ele me falou que o quarto do Leo tinha 73m² foi a gota d’água. Ele me questionou se eu queria que ele medisse novamente, na minha frente e eu falei pra ele esperar a Claudia chegar que faríamos as medidas todos juntos.
Nesse meio-tempo eles foram pintar o quarto da Claudia e disseram que o quarto dela media 76m², portanto nós ultrapassaríamos em 19m² do valor contratado e teríamos que pagar a diferença. Eu mandei seguir com a pintura porque sabia que o valor era absurdo. Gente, o apartamento é grande, enorme! Mas nem o quarto da Claudia – o maior da casa – tem esse tamanho. Isso é maior que apartamentos de 3 dormitórios com suíte e sacada que as construtoras estão comercializando hoje em dia!
Mas o pior ainda estava por vir! Quando entrei no quarto da Claudia para “conferir” o serviço quase desmaiei! O quarto da Claudia deveria ser pintado de duas cores diferentes: uma parede de um tom mais escuro e as demais com uma cor clara. Do tom escuro eu só tinha uma lata pequena de tinta, mas quando entrei no quarto ele estava pintando todas as paredes do quarto com aquele tom escuro – sem questionar a pequena quantidade de tinta. Falei para ele que eu havia ressaltado que aquela cor restringia-se a apenas uma parede, ele se descontrolou e quase gritou comigo dizendo que eu não havia falado nada para ele. Acontece que eu havia falado com ele por 3 vezes antes deles começarem a pintura.
O mais incrível é que eu segurei a onda e não respondi pro menino, falando tudo o que ele merecia ouvir. Em contrapartida liguei na empresa dele e meti a boca! A menina que conversou comigo pediu pra falar com ele e eu só escutava assim: “ta, eu sei que sou nervoso, mas não... não fiz isso! Você acha que eu faria isso? Não, não fui mal educado com ela”. Então ele saiu pisando duro e veio falar comigo, perguntando se eu falei que ele tinha sido mal educado comigo e eu confirmei. Ele simplesmente me olhou e falou: “então desculpa” e voltou pro telefone.
A Claudia chegou em torno das 17h – eu já havia deixado ela informada por telefone quase tudo o que estava acontecendo – e junto com ela, ela trouxe um papel onde orientava como calcular metros quadrados. O menininho não aceitou os valores que medimos – o quarto do Leo deu 40,23m² (porque também pintamos o teto) – e pra piorar não quis nem ler o papel alegando que era analfabeto! Depois disso ele começou a falar alguns desaforos e eu, como não sou de ferro, resolvi retrucar...
Quando ele falou que era analfabeto eu respondi: “nossa, e como você faz contas se não aprendeu a ler?” E ele: “é que números são mais fáceis”. Daí eu não resisti e soltei um: “ta bom, meu filho, conta outra. Você pode tentar enganar ela, que é gringa, mas eu sou brasileira, você não me enrola não!” e ele ficou sem resposta.
Outra hora foi quando ele tentou contestar novamente as medidas que tiramos do quarto da Claudia e eu perguntei pra ele: “até que série você estudou?”, ele: “ah, nem sei”, eu: “então presta atenção: eu e ela fizemos até faculdade, você vai mesmo querer discutir isso com a gente?”. Ele começou a ratear e eu falei: “ta vendo? É por isso que você ta pintando paredes e eu to dando as ordens!” Juro que não resisti, eu precisava falar isso!
No mais, tentei não humilhar muito mais ele. Mas acabei ligando novamente pra empresa, falei com um cara que aparenta ser o proprietário, ele me pediu desculpas e falou que mandaria outro técnico para terminar o serviço depois que eu falei que não queria mais esse “rapaz” aqui em casa.
Pior é que o menino foi ficando com tanto medo da gente que começou a falar que queria ir embora, que tava na hora dele e coisas do tipo. Daí eu olhei pra ele e pra bagunça que os quartos da Claudia e do Leo estavam e falei: “mas você vai deixar isso tudo assim?”. Então eles fizeram de conta que arrumaram as coisas e depois de uma meia hora saíram largando os dois quartos completamente bagunçados, o tanque entupido e todo o material que eles usaram, jogado.
Sem falar que eles se trancaram por uns 15 minutos no quarto do Leo porque ele assumiu, sem nenhuma indicação da minha parte, que poderia utilizar o quarto do Leo como sua “área pessoal”, utilizando o banheiro do quarto e chegou a trancar a porta do quarto – com as coisas do Leo lá dentro – sendo que temos o quarto e o banheiro de empregada que ele poderia ter utilizado para esse fim. E eu ainda nem falei que a pintura que ele fez foi sem nenhuma qualidade e de forma amadora. Se eu tivesse pintado ficaria melhor do que ele fez. Entre outras coisas, ele não retirou nenhum espelho dos interruptores e tomadas de energia elétrica e depois não retirou a fita adesiva que utilizou para “proteger” os espelhos e tomadas de energia...
Ah! Nem vou falar mais nada porque esse assunto já deu!
O bom é que quando eu acordei hoje havia um email do controle de qualidade da empresa dele falando que seria aberto um processo para verificar o ocorrido. Mas como eu sou eu, ontem eu havia escrito um email gigantesco para enviar hoje de manhã, então aproveitei o email deles que eu recebi, respondi com o meu – falando muito mais do que eu escrevi aqui no post – e com muitas fotos do “serviço” realizado que eu prefiro não postar aqui pra não ficar relembrando desse pesadelo!
Enfim, acordei hoje com a maior cólica e ainda tive que organizar todo o apartamento, montar novamente os quartos do Leo e da Claudia – porque, com exceção das camas – não havia mais nada dentro dos quartos e eu queria deixar o quartinho do Leo gostoso porque ele voltaria hoje... Mas ainda não foi hoje... Parece que o Marcelo vem amanhã...
Agora vou dormir... Essa semana foi terrível pra mim! E na quarta-feira da semana que vem as aulas do Leo começam e eu vou pra escola com ele... Mas isso é assunto pra outro post...
#VaiCarol
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