A Ruby chegou!!!

Mais um capítulo da novela da minha vida... Nesse caso das nossas vidas: minha e da Claudia. A Ruby estava prevista para chegar quarta-feira passada, 11/07/2012, as 16h. Então cheguei em casa em torno das 12:30h e logo depois a Claudia chegou. Fui com ela pro aeroporto para ajudar a fazer o que fosse preciso para retirá-la junto a cia aérea.

Saímos de casa em torno das 14:30h e fomos direto pro aeroporto de Guarulhos. Na saída ainda perguntei se a Claudia queria que eu dirigisse, ela falou que não e eu não peguei bolsa nem documento. Chegamos no aeroporto em torno das 15:50h e ai começaram nossos problemas. Para entrar no local onde fica a cia aérea eu precisaria fornecer um documento com foto para identificação e eu não tinha. Daí dei uma de brasileira e falei que a Claudia não falava bem português e que eu precisaria ir ajudar ela a “traduzir” tudo. A menina na recepção ficou meio insegura, mas quando eu perguntei à ela se havia alguém que falava inglês pra acompanhar a Claudia ela ficou com medo e me liberou.
Fomos até a sala da cia aérea, a Claudia falando só inglês e eu traduzindo as coisas pra ela! A gente mal podia olhar na cara uma da outra que dava vontade de rir. Mas nos mantivemos sérias e seguimos com o imbróglio. Na cia aérea o povo deu uma enrolada na gente, queriam que a gente contratasse um despachante que cobraria 500 Reais para fazer toda a papelada de liberação da Ruby, a gente agradeceu, mas falamos que nós mesmas faríamos isso. Eles fizeram o que eles podia para dificultar as coisas, mas no final acabaram cedendo. Mesmo assim antes de todo o processo começar nos mandaram para o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para falarmos com o veterinário e pegar os papeis necessários para a liberação da Ruby. Acontece que o veterinário só deu duas folhas pra gente e mandou a gente preencher com um monte de informações que a cia aérea tinha que passar pra gente.
Pra piorar um pouco mais a situação alguém tinha feito o alarme de incêndio disparar e a gente teve que descer do 5° andar – onde era a sala da cia aérea – até o térreo, na sala do MAPA e depois voltar, tudo de escada, porque com o alarme de incêndio ligado os elevadores não estavam funcionando.

Voltamos pra sala da cia aérea e eles começaram a falar que a gente precisava ter uns papeis que o despachante que a Claudia contratou na Africa falou que estariam junto com a Ruby. Com muito custo mandaram um funcionário lá para ver se a papelada havia vindo junto e o carinha voltou com tudo na mão.
Preenchi os dados que faltavam – afinal a Claudia não falava português – e fomos, de escada, para o 6° andar para pagar uma taxa. Mas a taxa só poderia ser paga com cheque ou dinheiro e a Claudia só tinha cartão. Descemos, de escada, até o térreo para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos. A nossa sorte é que já pudemos subir de elevador, algum santo desligou o alarme de incêndio e os elevadores voltaram a funcionar. Pagamos a taxa e voltamos pro MAPA no térreo.
A equipe do MAPA fez o que precisava e nos mandaram pra uma outra sala, da Receita Federal. Já era mais de 18h e os funcionários não estavam lá. Só havia um rapaz que foi gentil e fez o lançamento que a gente precisava no sistema. Mesmo assim ele não deixou de falar que estava indo embora e que iria ligar o computador novamente só porque tratava-se de “carga viva”.
Depois do lançamento ele mandou a gente de volta pro MAPA que falou que não era com eles e não sabiam pra onde nos mandar. Resolvi voltar na mocinha da entrada e perguntar pra ela qual o próximo passo. Ela me disse que a gente deveria ir em outra sala, uma espécie de sala de segurança, pra pegar um crachá pra falar com o fiscal da Receita Federal e que daquela sala, sem um documento eu não passaria, que a Claudia teria que se virar sozinha.

Fomos pra sala e realmente foi assim que aconteceu. Eu não consegui autorização para entrar no armazém. A Claudia foi sozinha falar com o fiscal e eu fiquei com o segurança, o Coelho. Batemos papo por mais ou menos 1 hora e eu fui ficando preocupada com a Claudia. Consegui falar com ela por torpedo e ela me falou que estava tudo bem.
Depois de mais de uma hora a Claudia apareceu novamente na salinha onde eu estava, sem a Ruby, devolveu o crachá dela e a gente teve que ir em outro lugar para imprimir uma guia e pagar mais uma taxa. E daí mais um problema. Já era umas 19:30h e só os caixas eletrônicos do Banco do Brasil estavam funcionando, sem uma conta no BB a gente não poderia pagar a taxa e não poderíamos retirar a Ruby. Eu já estava pensando em pedir pro Coelho pagar a taxa pra gente quando um senhorzinho se ofereceu pra pagar essa bendita taxa! Demos o dinheiro pra ele e ele foi pro caixa eletrônico e fez o pagamento da conta dele pra gente. Ta vendo porque eu ainda acredito na humanidade? Ainda tem gente boa nesse mundo!

Agora vem a parte mais estranha de toda a história: depois de pagar a taxa, voltamos no guichê onde a guia havia sido impressa e a mulher falou que agora a gente precisaria ir ao armazém para retirar a Ruby. O mesmo armazém que a Claudia precisou de um crachá com foto e que eu não pude entrar por estar sem um documento com foto e nós entramos sem nada disso. Sim, dessa vez eu entrei no armazém sem passar pela salinha de segurança, a Claudia e eu sem crachá e andamos todo o armazém ate encontrarmos a Ruby. Agora tudo certinho, certo? Pegamos a Ruby, voltamos pra casa e vivemos felizes pra sempre, ceeerto??? ERRADO!

Ainda tivemos que passar em uma mesa no meio do armazém, pegar um documento autorizando a retirada da “carga”, ir em um guichê para que eles assinassem e carimbassem o papel, voltar na mesa e ainda esperar algum empilhadeirista pra levar a caixa da Ruby – que estava em um pallet – pro lado de fora do armazém. Bom, eu não resisti. Depois que realmente encontramos a Ruby eu abri a casinha dela, ela ficou super feliz em nos ver, fez a maior festa. A Claudia e eu sentamos no chão e ficamos brincando com ela. Colocamos a coleira, pra ela não entrar debaixo de uma empilhadeira, e ficamos esperando o empilhadeirista...

Quando conseguimos entrar no carro, com a Ruby, a caixa dela e mais papéis que já imaginamos era 20:30h da noite. Naquele momento a Claudia e eu demos graças a Deus que o Leo estava no Rio, com o pai dele e não teve que passar por tudo aquilo junto com a gente. Estávamos com fome, cansadas, com vontade de ir ao banheiro, com pouca gasolina no carro, com o GPS quase sem bateria e pra piorar sem o carregador do GPS. Ligamos o GPS um pouco pra encontrar um posto de gasolina. Não sei onde fomos parar, mas um lugar horrível! Quando estacionamos no carro todo mundo que estava no posto veio olhar a placa do carro – azul – e a Claudia ficou com medo. Eu falei pra ela relaxar que seria assim em muitos lugares porque aquela placa não é comum. Bom que ninguém nos perguntou nada. A única coisa que eu falei pra ela é que em uma situação como aquela, em um lugar esquisito, com gente estranha, ela não deve aparentar estar perdida, mesmo que ela esteja – que era nosso caso àquela hora. E não deveria pedir informações a menos que não houvesse outra opção. Mas como ainda tínhamos um pouco de bateria no GPS tínhamos outra opção e seguimos viagem de volta pra casa.

Aí sim foi só alegria: a bateria do GPS durou tempo suficiente para que soubéssemos onde estávamos. Depois que chegamos em casa saímos com a Ruby pra ela fazer xixi e cocô, aproveitamos e compramos ração pra ela e janta pra gente. Comemos, conversamos um pouco e depois fomos dormir. Estamos treinando a Ruby pra fazer xixi e cocô só na rua e para isso eu estou saindo pra passear com ela 3x por dia. Também colocamos ela pra dormir na caixinha dela, no quarto de empregada. Na primeira noite eu mal consegui dormir de tanto que ela chorou, mas agora ela se acostumou.

O Leo ainda está no Rio e a minha vida por aqui está super corrida. Tenho feito algumas coisas pra Claudia, saído para encontrar algumas pessoas durante o dia e por isso estou sumida do blog, mas logo minha vida entra nos eixos e eu volto a postar tudo por aqui! Afinal minha aventura ainda não acabou! Tenho muitas novidades ainda pra contar!!!

#VaiCarol

Comentários

  1. KKKKKKKKKKKKKKKKK

    Eu ri ALTO com esse post!!! Sorte da Claudia que ela tem uma guia "brasileira" pra usar e mostrar como o bom e velho jeitinho funciona as vezes...

    E falando em "brasilidade", é bom ela ir se acostumando com a burrocracia que impera nesse país... Afinal, onde já se viu tanta papelada, taxas e o caramba-a-quatro? Só aqui nessa republiqueta de banana mesmo... tsc tsc...

    Mas é bom saber que a Ruby já está confortavelmente instalada... Mas será que ela vai parar de querer dormir com voce e com o Leo???

    A conferir.....

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim! Ela tem sem comportado de forma exemplar. Está dormindo na caixinha dela, no quarto de empregada e até agora só fez cocô dentro de casa 2 vezes - o que é praticamente nada pra ela. =)

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Kids, frio, neve, novidades, aniversário e curso

Me, myself and Leo

Primeiros sinais de neve